sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Diplomação de Zé
Consolida-se o Processo Democrático

A diplomação de Zé Carlos do Pátio nessa quinta-feira, 18, “consolida o processo democrático”, como ele mesmo lembrou no curto e emocionado discurso na solenidade de diplomação dos eleitos, presidida pela juíza diretora do Fórum, Milene Aparecida Beltramini, na Câmara Municipal.
O prefeito eleito Zé Carlos enfrentou o atual prefeito, a maioria dos vereadores, os demais deputados estaduais pela cidade, o governador, o presidente Lula e uma campanha visivelmente milionária de seu adversário, mas venceu a eleição. Isso veio a ser contestado por eles, que o acusam da compra de votos, quando a cidade inteira sabe de que lado estava (e está) o dinheiro e dos parcos recursos que ele tinha para tocar o embate. (Só para ilustrar, a campanha de Zé contava com um único trio elétrico, montado num caminhãozinho pequeno e ao redor de dez carros de som, que nem circulavam diariamente devido à falta de combustível, enquanto o outro lado dispunha em torno de meia dezena deles, incontáveis carros de som, mais o reforço de caminhão-palco quando o evento exigia. Era humilhante a diferença.)
Por isso, a emoção revelada ao saudar “a militância e companheiros aliados”, valorizando a importância do ato e agradecendo “ao povo bravo e honrado de Rondonópolis”, garantindo-lhe que a partir de 1º de janeiro, “começaremos a resgatar a enorme dívida social que o poder público tem com a população, fortalecendo os investimentos principalmente nas áreas da Saúde e da Assistência Social”, destacou, justificando: “Porque Rondonópolis não pode continuar ostentando o título de Capital do Agronegócio enquanto mantém bolsões de miséria que afetam ao povo, resultado das distorções na distribuição de renda.”
Ele também disse saber do grande desafio que tem pela frente, mas que espera enfrentar com determinação, contando com o apoio do Estado e da União, o que já vem buscando, anunciando que “faremos o verdadeiro mutirão da cidadania”. E agradecendo “a Deus e a todos”, o prefeito eleito, e diplomado, transferiu a honraria à população. “O povo, é o grande diplomado nesta noite; este diploma não é do Zé do Pátio, ele é de vocês”.
A juíza Milene, ao encerrar o ato, destacou que “a diplomação dos eleitos consagra a vontade manisfesta nas urnas, o que devemos respeitar”, lembrou, desejando a todos um bom desempenho nos cargos, cumprindo as promessas que fizeram.

MAIS UMA BATALHA VENCIDA
Assim foi.
Não bastou apenas vencer as eleições.
Zé Carlos do Pátio vem tendo uma sucessão de embates para chegar à Prefeitura de Rondonópolis, além do que teve nas urnas.
Seu adversário não tem lhe dado folga. Não quer largar o poder.
Primeiro foi a acusação de compra de votos, que, pelo que se sabe, ainda vai longe o processo.
Depois, veio um mandato de segurança, tentando suspender a diplomação dele, o que a justiça indeferiu dia 17 e, ainda no dia 18, mais um agravo na mesma questão, também indeferido, finalmente passou a dar mais cor e sabor à vitória de Zé e da maioria do povo local: a diplomação aconteceu.


FESTA NA URAMB

O local dava a dimensão exata da manifestação popular ao festejar a diplomação do prefeito eleito José Carlos do Pátio: a União das Associações de Moradores de Bairros (URAMB), toda enfeitada para a ocasião, interna e externamente, com um tapete vermelho para o povo e o homenageado passarem, idéia da militância dos partidos coligados e vitoriosos.
Ao som do “Olha o 15 aí, gente!” o ambiente ficou pequeno e o calor, crescente, amenizado com água mineral e refrigerantes (só), no melhor estilo franciscano (ou evangélico), que eu prefiro chamar de cristão, sem nenhuma influência alcoólica, dando maior consciência à explosão de alegria a tomar conta do lugar, com gente de todos os cantos da cidade, que para lá se deslocaram por conta própria. Não se viu um único coletivo transportando gente para lá.
Nesse clima festivo, Rogério Salles, ex-prefeito, ex-governador e marido da vice-prefeita eleita, Marília Salles, provocou os adversários ao dizer que “eles pensavam ser donos da cidade, mas o povo, sábio, lhes deu a resposta”, alfinetou.
Os vereadores eleitos seguiram num mesmo tom, bem como a vice Marília, garantindo ações em favor da melhor qualidade de vida para todos. Eles precederam a esperada manifestação de Zé Carlos, se dizendo surpreso com a dimensão estadual que assumiu a eleição de Rondonópolis, “repercutindo em toda parte o que eles fizeram contra nós, mas o povo de Mato Grosso ficou do nosso lado”, contou.
“Agora vamos ter de construir nosso projeto para Rondonópolis, pois Mato Grosso inteiro está focado aqui, o que aumenta nossa responsabilidade”, reconheceu, acentuando que “quando eu me sentar naquela cadeira, o peso da responsabilidade vai aumentar, mas olhando cada um de vocês, sinto que não estarei sozinho para realizar o que a cidade precisa”, previu.
Anunciou que a posse será na Vila Operária, dia 1º, de manhã, com a presença de muita gente de fora, inclusive do prefeito Wilson Santos, da Capital, que marcou sua posse para a tarde a fim de poder participar aqui, da posse de Zé Carlos do Pátio.

O RECADO DAS URNAS

“A decisão do povo é soberana”.
Era a faixa em frente da Uramb.
“Diplomados os eleitos, fica consagrada a vontade manifesta nas urnas.”
Disse a juíza Milene Aparecida Beltramini.
“A população já deu o recado nas urnas.”
Disse o prefeito Adilton quando entregou o Parque Arareau à população. Até parecia conformado.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

À Mulher

...mãe, amiga, companheira e cúmplice;
metade insubstituível da engenharia
humana, que o Criador colocou neste
mundo, ao lado do homem, para que
ambos se completem, amando e se
respeitando numa missão evolutiva
passando pela compreensão,
tolerância, apoio e admiração,
cada um exercendo o seu papel.

Que todos pensem nisto todos os dias.
Desejo Ardente


Um dia,
não sei quando...
Espero que seja
daqui a muitos anos,
depois que fizermos
tudo o que desejamos...
Já bem velhinhos,
possamos ainda
estar reunidos,
lembrando tudo,
que a vida nos deu...
E do que demos
um ao outro,
como prometemos.

E que seja tanto,
tanto, que não
caiba em nada.
E que, assim mesmo,
ainda queiramos
continuar
nos dando.
JUSTIÇA:
A FÉ QUE ME GUIA!


Sim. Quero vê-la triunfar.
Por isto, ouvir representante do Ministério Público o promotor de justiça Sérgio Silva da Costa, dizer que “indubitavelmente houve compra de votos”, atribuindo o crime a Zé Carlos do Pátio, causa, no mínimo, espanto. O que junta-se à crescente indignação decorrente da constatação – que se escancara – do engajamento de um dos órgãos públicos mais representativos na salvaguarda dos direitos constitucionais do cidadão, ou, resumindo, da promoção da cidadania, no afã de punir quem nós (a maioria do povo rondonopolitano) sabemos que não tem tal culpa. Mas não tem mesmo!
A ação, assim, mostra-se como jogo de cena armado com base num enredo preparado para deixar oculto os personagens principais, se atendo em dar vida, a transformar em vilão o grande herói desta história. Uma ação que, como se percebe, os promotores entram também como personagens, numa jogada bem urdida pelos autores (ou autor) da trama.
Esta asserção se apóia nos 15 anos de acompanhamento das ações do vereador, deputado estadual e hoje prefeito eleito Zé Carlos, acrescidos à pesquisa profissional de outras ações suas, na condição de dedicado secretário de obras do município.
Há, nesta história com nuances de estória (mal contada), vários pontos a ponderar.
Espero agregá-los numa dinâmica que não canse a ninguém. Pelo menos a ninguém bem-intencionado, que queira, realmente, elucidar o momentoso, nebuloso e lamentável episódio.
Primeiramente gostaria de sugerir ao doutor Sérgio e colegas, que acompanhem Zé do Pátio numa de suas costumeiras visitas a qualquer dos bairros da cidade e que façam o mesmo com o atual prefeito. Mas sem se anunciarem, para poderem ver, realmente, como um e outro são recebidos pela população, espontaneamente.
Se isto viesse a ser feito, anteciparia garantias de que ninguém, em sã consciência aceitaria representar contra o Zé, de jeito nenhum!
Sabem do por quê?
Porque o povo o consagra como o mais legítimo dos seus representantes; porque o povo também gosta de ser bem tratado, como o Zé o trata, sempre. E com tal observação, não estou dizendo que o outro trate mal o povo. Não. Mas é uma questão de simpatia, de jeito de se relacionar, que um tem e o outro não. Não fosse assim, até acho que o resultado da eleição poderia ser outro. Porque mesmo podendo enumerar muitas falhas de gestão, reconheço um bom volume de ações do catarinense Adilton.
Devo observar também, como já o fiz em outro artigo, a boa vontade do MP ao anunciar as medidas eleitorais do último pleito, sem poder festejar ações efetivas para o cumprimento delas no período, deixando de punir os muitos infratores das regras que, diariamente, desafiavam as determinações legais sem serem admoestados sequer.
Assistiu-se a um verdadeiro festival de desmandos à sombra do silêncio de quem de direito. Não, com o meu.
Cheguei a cobrar medidas dum coordenador do PMDB para reivindicar a coerção de tantos exageros visuais cometidos, ainda que o ato limitasse espaços a uns dois candidatos a vereador do Partido, que vinham se utilizando desse universo tolerante.
Chamo a atenção para uma necessária mudança de comportamento do MP e da Justiça Eleitoral, pleiteando a atuação deles nas campanhas, fazendo com que as normas todas sejam respeitadas, o que viria, efetivamente, contribuir num processo eleitoral tão mal-encaminhado, que até quando vereador não tinha salário era obrigado a enfrentar batalhões de eleitores exigindo vantagens (pessoais) em troca de voto.
A propósito, nessa época também me debatia por justiça, que acreditava possível apenas com o retorno à Democracia ensejando uma nova Carta a corrigir as agressões impostas ao povo.
Ajudei no processo.
A Democracia voltou.
A nova Carta foi feita e está aí, faz 20 anos. Aliás, é ela quem dá a atual força ao MP, que, há de realmente atuar em favor do povo, que, no presente caso, já externou sua vontade.
A fé que me guia, é a justiça; que a vontade do povo seja respeitada então.
Não posso aceitar que o presidente regional do PMDB, o deputado federal Carlos Bezerra e o advogado José Pereira da Silva Neto tenham agido contra a lei ao resgatar (?) testemunhas que eram inquiridas no MP sem assistência legal.
Não posso aceitar ainda, que uma autoridade eleitoral não saiba que a função de fiscal numa eleição, é exercida por voluntário filiado ao partido sem a necessidade de contrato ou paga. Se alguém fez diferente disto, aí, sim, tem erro.
Ah. E tem mais: nunca ninguém hipotecou tanta ânsia, gana, disposição e determinação de ganhar uma eleição, como hipotecaram o atual prefeito e seu compadre governador. Chegavam a ser ofensivos com seu adversário.
Deselegantes mesmo, usando e abusando de velhas, reprováveis e repugnantes táticas contra Zé Carlos do Pátio, que passou a campanha enfrentando às ruas, de peito aberto, a pé, apenas na última semana revidando aos ataques sofridos, elencando denúncias fortes recolhidas contra o atual prefeito, como a da retirada de bens de seu nome e da redução de seu próprio imposto predial e territorial.
O povo vibrou quando o Zé mostrou, finalmente, o relho.
O povo chocou-se quando intentaram contra a festejada eleição de Zé, que produziu a maior manifestação popular jamais vista em Rondonópolis, percorrendo, a pé, de bicicleta, de carro, de carroça, de moto do centro B, passando pela Fernando Correa, Lions, Avenida Brasil, Jardim Primavera, Vila Operária, São José, Monte Líbano, Parque Universitário, Vila Olinda, Tancredo Neves, Mamede e São Francisco, voltando ao ponto de partida, registrando só paz, alegria e muita animação, ao som de “Olha o 15 aí, gente!”
Por isso o povo foi pra frente do MP, num ato que o promotor Sérgio considerou “sem precedentes na história do Estado”.
Defendo o respeito às instituições que compõe o Estado de Direito num contexto de poder que emana do povo e que em seu nome tem de ser exercido.
E se o povo se manifesta...
É porque ele sabe.
Por exemplo, que o cidadão Milani, fazia campanha para Adonias! E ser ‘encontrado’ com parte da mala-direta de Mariuva, ficou difícil de explicar. E pior ainda, no final do período de votação. E justamente por quem? Pessoal da segurança do governador/cabo eleitoral!
Mas báh! Posso dizer como bom gaúcho (ainda que peça desculpas pela falta de modéstia).




Evalin Alves Salomão
Jornalista/poeta/escritor
evalinsuleiman@hotmail.com
http://blogevalin.blogspot.com/