segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Artistas e Artistas!

Chama a atenção figuras que apoiaram a eleição de Tacredo contra Maluf, hoje apoiarem a continuidade dos criadores do mensalão, dólares na cueca e censura à imprensa, que são os mesmos que não apoiaram a eleição de Tancredo e votaram contra a Constituição de 88 e o Plano Real.
Parece que lhes está faltando coerência.
Ainda bem que há artistas e artistas!
Por isso saudei Carlos Vereza, que vem orando pela saúde de Dilma, mas rezando pela vitória de Serra e desejei que Deus atenda suas preces, e as nossas, que lhe fazem coro.
Acabei de escutar o quase ex-presidente questionar se queremos prosseguir ou se queremos voltar pra trás (como se fosse possível voltar sem ser pra trás) e aproveito para contrariá-lo, dizendo que voltar "pra trás" seria voltar ao tempo do autoritarismo que tanto combatemos e que, agora, seu partido teima em permanecer para fazer voltar.
Por isso, Vereza, Juca de Oliveira, PMDB do Rio Grande do Sul e tantos outros cuja cabeça não abaixam e nem aceitam os desmandos em curso, elevemos bem alto nossas vozes de protesto, combatendo a mentira, o engodo e a intransigência deles, contra a própria Democracia.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Efeito Lula

Confesso que temi para Silval o efeito Lula, avassalador para Mauro Mendes e para Adilton Sachetti, nas eleições municipais de 08, quando o primeiro tentou tomar a Prefeitura de Cuiabá de Wilson Santos e, o segundo, manter a Prefeitura de Rondonópolis. Lula, então, era cabo eleitoral ferrenho de Mauro e Adilton. E os dois perderam.

Agora, Lula, descendo da mais alta Magistratura da Nação, de novo, se transformou em Cabo Eleitoral, tanto de quem ele quer que o suceda como de muitos e muitos que se esqueceram que o seu Partido (a seu mando) foi contra o Plano Real, contra as bolsas auxílios, contra e lei de responsabilidade fiscal, contra a eleição de Tancredo Neves e contra a própria nova Constituição/88, entre outras contrariedades históricas, enquanto se mostra nada indignado ao mensalão, à violação dos sigilos fiscal e bancário, ao controle da imprensa, aos dólares na cueca e de, cara limpa, com a maior desenvoltura, ainda se diga ‘injustiçado’ por tais ou quais denúncias.

Sim. Temi que o efeito Lula atingisse Silval. Porque a quem avalia o comportamento político de cada um, cada ação, cada atitude pesa e, o somatório, normalmente é decisivo, é conclusivo, condenando as práticas dúbias ou, no mínimo, inexplicáveis desses políticos.

E eu temia por Silval por uma razão hoje difícil de entender, e, até, de explicar.

Pois vejam bem: nunca me conformei com o arbítrio dos militares e de seus apoiadores, esses, aos montes, os verdadeiros aproveitadores de uma situação, que queríamos que acabasse. Mas eles, bajuladores de ofício e por vocação das benesses do poder, faziam com que nossa agonia perdurasse, anos e anos, naquele disfarce de Democracia.

Mas, assim mesmo, atingimos nossa meta. A Democracia voltou plena, geral, pena que restrita. A quem? Justamente aos aproveitadores de ontem... E de hoje/e ou de sempre.

Assim é que assistimos ferrenhos e históricos adversários transformados em companheiros inseparáveis (das vantagens de sempre).

Também é assim que deixamos de nos confrontar com os que são contra e com os que são a favor, porque de repente estão todos de um lado só ou sugerindo isto, como no caso do pula-pula, que insistentemente tomou lugar de destaque nesta Eleição, como uma virtude, quando historicamente o termo é sinônimo de vira casaca, de imoral e de falta de caráter.

E tentando ponderar sobre o quase imponderável, nesse diverso e lambuzado quadro político que vivemos assim mesmo eu queria me apegar a um fio de esperança, a uma satisfação que fosse, de já que não poderia eleger um Presidente da República de meu Partido, por adesismo ou comodismo dele, que pelo menos pudesse eleger o Governador do Estado no qual vivo, saudoso de quando pude fazê-lo em meu Estado de origem, com Pedro Simon.

Por isso temia por Silval e a fatalidade que seria se o efeito Lula o atingisse.

Isso, sem aprofundar mais a análise sobre o ‘pula-pula’ e nem entrar no mérito do outro pretendente, mas me fixando, tão-só, na experiência que tenho... E de quem tem, para comandar os destinos de nosso Estado e do País, sem mentiras, sem engodos, apostando na inteligência das pessoas, não na esperteza.