sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Diplomação de Zé
Consolida-se o Processo Democrático

A diplomação de Zé Carlos do Pátio nessa quinta-feira, 18, “consolida o processo democrático”, como ele mesmo lembrou no curto e emocionado discurso na solenidade de diplomação dos eleitos, presidida pela juíza diretora do Fórum, Milene Aparecida Beltramini, na Câmara Municipal.
O prefeito eleito Zé Carlos enfrentou o atual prefeito, a maioria dos vereadores, os demais deputados estaduais pela cidade, o governador, o presidente Lula e uma campanha visivelmente milionária de seu adversário, mas venceu a eleição. Isso veio a ser contestado por eles, que o acusam da compra de votos, quando a cidade inteira sabe de que lado estava (e está) o dinheiro e dos parcos recursos que ele tinha para tocar o embate. (Só para ilustrar, a campanha de Zé contava com um único trio elétrico, montado num caminhãozinho pequeno e ao redor de dez carros de som, que nem circulavam diariamente devido à falta de combustível, enquanto o outro lado dispunha em torno de meia dezena deles, incontáveis carros de som, mais o reforço de caminhão-palco quando o evento exigia. Era humilhante a diferença.)
Por isso, a emoção revelada ao saudar “a militância e companheiros aliados”, valorizando a importância do ato e agradecendo “ao povo bravo e honrado de Rondonópolis”, garantindo-lhe que a partir de 1º de janeiro, “começaremos a resgatar a enorme dívida social que o poder público tem com a população, fortalecendo os investimentos principalmente nas áreas da Saúde e da Assistência Social”, destacou, justificando: “Porque Rondonópolis não pode continuar ostentando o título de Capital do Agronegócio enquanto mantém bolsões de miséria que afetam ao povo, resultado das distorções na distribuição de renda.”
Ele também disse saber do grande desafio que tem pela frente, mas que espera enfrentar com determinação, contando com o apoio do Estado e da União, o que já vem buscando, anunciando que “faremos o verdadeiro mutirão da cidadania”. E agradecendo “a Deus e a todos”, o prefeito eleito, e diplomado, transferiu a honraria à população. “O povo, é o grande diplomado nesta noite; este diploma não é do Zé do Pátio, ele é de vocês”.
A juíza Milene, ao encerrar o ato, destacou que “a diplomação dos eleitos consagra a vontade manisfesta nas urnas, o que devemos respeitar”, lembrou, desejando a todos um bom desempenho nos cargos, cumprindo as promessas que fizeram.

MAIS UMA BATALHA VENCIDA
Assim foi.
Não bastou apenas vencer as eleições.
Zé Carlos do Pátio vem tendo uma sucessão de embates para chegar à Prefeitura de Rondonópolis, além do que teve nas urnas.
Seu adversário não tem lhe dado folga. Não quer largar o poder.
Primeiro foi a acusação de compra de votos, que, pelo que se sabe, ainda vai longe o processo.
Depois, veio um mandato de segurança, tentando suspender a diplomação dele, o que a justiça indeferiu dia 17 e, ainda no dia 18, mais um agravo na mesma questão, também indeferido, finalmente passou a dar mais cor e sabor à vitória de Zé e da maioria do povo local: a diplomação aconteceu.


FESTA NA URAMB

O local dava a dimensão exata da manifestação popular ao festejar a diplomação do prefeito eleito José Carlos do Pátio: a União das Associações de Moradores de Bairros (URAMB), toda enfeitada para a ocasião, interna e externamente, com um tapete vermelho para o povo e o homenageado passarem, idéia da militância dos partidos coligados e vitoriosos.
Ao som do “Olha o 15 aí, gente!” o ambiente ficou pequeno e o calor, crescente, amenizado com água mineral e refrigerantes (só), no melhor estilo franciscano (ou evangélico), que eu prefiro chamar de cristão, sem nenhuma influência alcoólica, dando maior consciência à explosão de alegria a tomar conta do lugar, com gente de todos os cantos da cidade, que para lá se deslocaram por conta própria. Não se viu um único coletivo transportando gente para lá.
Nesse clima festivo, Rogério Salles, ex-prefeito, ex-governador e marido da vice-prefeita eleita, Marília Salles, provocou os adversários ao dizer que “eles pensavam ser donos da cidade, mas o povo, sábio, lhes deu a resposta”, alfinetou.
Os vereadores eleitos seguiram num mesmo tom, bem como a vice Marília, garantindo ações em favor da melhor qualidade de vida para todos. Eles precederam a esperada manifestação de Zé Carlos, se dizendo surpreso com a dimensão estadual que assumiu a eleição de Rondonópolis, “repercutindo em toda parte o que eles fizeram contra nós, mas o povo de Mato Grosso ficou do nosso lado”, contou.
“Agora vamos ter de construir nosso projeto para Rondonópolis, pois Mato Grosso inteiro está focado aqui, o que aumenta nossa responsabilidade”, reconheceu, acentuando que “quando eu me sentar naquela cadeira, o peso da responsabilidade vai aumentar, mas olhando cada um de vocês, sinto que não estarei sozinho para realizar o que a cidade precisa”, previu.
Anunciou que a posse será na Vila Operária, dia 1º, de manhã, com a presença de muita gente de fora, inclusive do prefeito Wilson Santos, da Capital, que marcou sua posse para a tarde a fim de poder participar aqui, da posse de Zé Carlos do Pátio.

O RECADO DAS URNAS

“A decisão do povo é soberana”.
Era a faixa em frente da Uramb.
“Diplomados os eleitos, fica consagrada a vontade manifesta nas urnas.”
Disse a juíza Milene Aparecida Beltramini.
“A população já deu o recado nas urnas.”
Disse o prefeito Adilton quando entregou o Parque Arareau à população. Até parecia conformado.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

À Mulher

...mãe, amiga, companheira e cúmplice;
metade insubstituível da engenharia
humana, que o Criador colocou neste
mundo, ao lado do homem, para que
ambos se completem, amando e se
respeitando numa missão evolutiva
passando pela compreensão,
tolerância, apoio e admiração,
cada um exercendo o seu papel.

Que todos pensem nisto todos os dias.
Desejo Ardente


Um dia,
não sei quando...
Espero que seja
daqui a muitos anos,
depois que fizermos
tudo o que desejamos...
Já bem velhinhos,
possamos ainda
estar reunidos,
lembrando tudo,
que a vida nos deu...
E do que demos
um ao outro,
como prometemos.

E que seja tanto,
tanto, que não
caiba em nada.
E que, assim mesmo,
ainda queiramos
continuar
nos dando.
JUSTIÇA:
A FÉ QUE ME GUIA!


Sim. Quero vê-la triunfar.
Por isto, ouvir representante do Ministério Público o promotor de justiça Sérgio Silva da Costa, dizer que “indubitavelmente houve compra de votos”, atribuindo o crime a Zé Carlos do Pátio, causa, no mínimo, espanto. O que junta-se à crescente indignação decorrente da constatação – que se escancara – do engajamento de um dos órgãos públicos mais representativos na salvaguarda dos direitos constitucionais do cidadão, ou, resumindo, da promoção da cidadania, no afã de punir quem nós (a maioria do povo rondonopolitano) sabemos que não tem tal culpa. Mas não tem mesmo!
A ação, assim, mostra-se como jogo de cena armado com base num enredo preparado para deixar oculto os personagens principais, se atendo em dar vida, a transformar em vilão o grande herói desta história. Uma ação que, como se percebe, os promotores entram também como personagens, numa jogada bem urdida pelos autores (ou autor) da trama.
Esta asserção se apóia nos 15 anos de acompanhamento das ações do vereador, deputado estadual e hoje prefeito eleito Zé Carlos, acrescidos à pesquisa profissional de outras ações suas, na condição de dedicado secretário de obras do município.
Há, nesta história com nuances de estória (mal contada), vários pontos a ponderar.
Espero agregá-los numa dinâmica que não canse a ninguém. Pelo menos a ninguém bem-intencionado, que queira, realmente, elucidar o momentoso, nebuloso e lamentável episódio.
Primeiramente gostaria de sugerir ao doutor Sérgio e colegas, que acompanhem Zé do Pátio numa de suas costumeiras visitas a qualquer dos bairros da cidade e que façam o mesmo com o atual prefeito. Mas sem se anunciarem, para poderem ver, realmente, como um e outro são recebidos pela população, espontaneamente.
Se isto viesse a ser feito, anteciparia garantias de que ninguém, em sã consciência aceitaria representar contra o Zé, de jeito nenhum!
Sabem do por quê?
Porque o povo o consagra como o mais legítimo dos seus representantes; porque o povo também gosta de ser bem tratado, como o Zé o trata, sempre. E com tal observação, não estou dizendo que o outro trate mal o povo. Não. Mas é uma questão de simpatia, de jeito de se relacionar, que um tem e o outro não. Não fosse assim, até acho que o resultado da eleição poderia ser outro. Porque mesmo podendo enumerar muitas falhas de gestão, reconheço um bom volume de ações do catarinense Adilton.
Devo observar também, como já o fiz em outro artigo, a boa vontade do MP ao anunciar as medidas eleitorais do último pleito, sem poder festejar ações efetivas para o cumprimento delas no período, deixando de punir os muitos infratores das regras que, diariamente, desafiavam as determinações legais sem serem admoestados sequer.
Assistiu-se a um verdadeiro festival de desmandos à sombra do silêncio de quem de direito. Não, com o meu.
Cheguei a cobrar medidas dum coordenador do PMDB para reivindicar a coerção de tantos exageros visuais cometidos, ainda que o ato limitasse espaços a uns dois candidatos a vereador do Partido, que vinham se utilizando desse universo tolerante.
Chamo a atenção para uma necessária mudança de comportamento do MP e da Justiça Eleitoral, pleiteando a atuação deles nas campanhas, fazendo com que as normas todas sejam respeitadas, o que viria, efetivamente, contribuir num processo eleitoral tão mal-encaminhado, que até quando vereador não tinha salário era obrigado a enfrentar batalhões de eleitores exigindo vantagens (pessoais) em troca de voto.
A propósito, nessa época também me debatia por justiça, que acreditava possível apenas com o retorno à Democracia ensejando uma nova Carta a corrigir as agressões impostas ao povo.
Ajudei no processo.
A Democracia voltou.
A nova Carta foi feita e está aí, faz 20 anos. Aliás, é ela quem dá a atual força ao MP, que, há de realmente atuar em favor do povo, que, no presente caso, já externou sua vontade.
A fé que me guia, é a justiça; que a vontade do povo seja respeitada então.
Não posso aceitar que o presidente regional do PMDB, o deputado federal Carlos Bezerra e o advogado José Pereira da Silva Neto tenham agido contra a lei ao resgatar (?) testemunhas que eram inquiridas no MP sem assistência legal.
Não posso aceitar ainda, que uma autoridade eleitoral não saiba que a função de fiscal numa eleição, é exercida por voluntário filiado ao partido sem a necessidade de contrato ou paga. Se alguém fez diferente disto, aí, sim, tem erro.
Ah. E tem mais: nunca ninguém hipotecou tanta ânsia, gana, disposição e determinação de ganhar uma eleição, como hipotecaram o atual prefeito e seu compadre governador. Chegavam a ser ofensivos com seu adversário.
Deselegantes mesmo, usando e abusando de velhas, reprováveis e repugnantes táticas contra Zé Carlos do Pátio, que passou a campanha enfrentando às ruas, de peito aberto, a pé, apenas na última semana revidando aos ataques sofridos, elencando denúncias fortes recolhidas contra o atual prefeito, como a da retirada de bens de seu nome e da redução de seu próprio imposto predial e territorial.
O povo vibrou quando o Zé mostrou, finalmente, o relho.
O povo chocou-se quando intentaram contra a festejada eleição de Zé, que produziu a maior manifestação popular jamais vista em Rondonópolis, percorrendo, a pé, de bicicleta, de carro, de carroça, de moto do centro B, passando pela Fernando Correa, Lions, Avenida Brasil, Jardim Primavera, Vila Operária, São José, Monte Líbano, Parque Universitário, Vila Olinda, Tancredo Neves, Mamede e São Francisco, voltando ao ponto de partida, registrando só paz, alegria e muita animação, ao som de “Olha o 15 aí, gente!”
Por isso o povo foi pra frente do MP, num ato que o promotor Sérgio considerou “sem precedentes na história do Estado”.
Defendo o respeito às instituições que compõe o Estado de Direito num contexto de poder que emana do povo e que em seu nome tem de ser exercido.
E se o povo se manifesta...
É porque ele sabe.
Por exemplo, que o cidadão Milani, fazia campanha para Adonias! E ser ‘encontrado’ com parte da mala-direta de Mariuva, ficou difícil de explicar. E pior ainda, no final do período de votação. E justamente por quem? Pessoal da segurança do governador/cabo eleitoral!
Mas báh! Posso dizer como bom gaúcho (ainda que peça desculpas pela falta de modéstia).




Evalin Alves Salomão
Jornalista/poeta/escritor
evalinsuleiman@hotmail.com
http://blogevalin.blogspot.com/

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A GRANDE LIÇÃO AMERICANA!


Pensar que escrevi isto, me provoca um meio gaguejar.
Realmente me faz engolir em seco, porque contemporâneo de uma época em que quase tudo era invadido pelo americanismo, tendo alguém que se posicionar em defesa da nossa nacionalidade, naturalmente fui um dos que assumiram esta posição.
Quem sabe até tenha me deixado influenciar, um pouco, pelo discurso de Brizola nos idos de 61 e de 64 (do século XX).
Na verdade, não tinha rádio que fosse ligado, que não estivesse tocando música americana.
Influenciado por Brizola ou não, percorria o dial de nosso sóbrio e elegante Munblos, trocava de faixa, tudo na tentativa de ouvir música brasileira de forma predominante. Sim. Nessa época, para cada música brasileira, rodava quatro, cinco americanas, na grande maioria das rádios locais ou regionais. Daí, só na onda curta se encontrava alguma coisa melhor (para quem assim entendia).
Essa resistência ao americanismo, independentemente de qualquer influência, se acentuou com o comportamento americano avançando pelo mundo, elencando-se aí o Vietnã, a própria Ditadura Militar, aqui, (que sabidamente tinha o apoio deles) e por aí vai...Fazendo criar uma espécie de carapaça protetora em torno de mim, deixando-me, no mínimo, cético ao avaliar qualquer questão relativa a eles (os americanos).
Até porque, mais recentemente, tivemos de conviver com Bush.
Nossa!
É dose pra mamute.
Mas eis que surge Obama. Um negro ao meio americanista, da Ku Klux Klan à morte de Martin Luther King, somado-se, ainda, os neo nazistas se debatendo na utopia da superioridade racial.
E, o bom: ele vence.
E, o melhor ainda: ouvir seu opositor M’Cain dizer, alto e bom som: “Tinha um oponente; tenho, agora, o meu presidente! Pode contar comigo.”
Esta, a grande lição, que, reconheço, é dada pelo povo americano.
Os americanos se superaram. Venceram a si próprios.
Eles que já guerrearam entre si em nome da segregação, pelejando o Sul contra o Norte, se matando movidos pelo preconceito, além de cometerem todas as barbaridades que se sabe cometeram em nome desse purismo e dessa superioridade racial, agora elegem um presidente negro.
Ah! Isso é vencer a própria cultura arraigada ao longo da intransigente vivência de brancos de um lado e negros do outro lado. Talvez, tenhamos influenciado um pouco. A crescente presença latina em solo americano pode ter intermediado este feliz desfecho.
De qualquer maneira a lição está aí. E é muito boa. Que a aprendam também os radicais de todas as cores.
Que todos se convençam que existem pessoas e formas de se viver diferentes decorrentes das posições geográficas ou das situações climáticas. Raça? Só a humana, neste mundo, como confirma a própria Ciência, de que nos originamos de um mesmo gene.
E, finalmente, que cada um cumpra com o seu papel.
Se lá nos Estados Unidos, o democrata Obama pode ser o presidente de todos os americanos com o apoio de seu ex-opositor, o republicano John M’Cain , por que aqui o peemedebista Zé Carlos do Pátio não pode ser o prefeito de Rondonópolis com o apoio de seus ex-opositores, os republicanos Adilton e Blairo?
O deputado republicano Wellington e o senador democrata Goellner, como vêm declarando, pensam que pode. Ótimo.
Para quem esqueceu: a Democracia é isto!


evalinsuleiman@hotmail.com
AGILIDADE E LERDEZA DO MPE





Segundo é amplamente informado pela imprensa, andou às pressas um processo contra o candidato eleito prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio, por parte do Ministério Público Estadual, no qual ele é acusado da prática irregular da compra de votos no dia das eleições.
Segundo também se informa, o processo seria uma grosseira montagem contra o candidato que, como se sabe, o seu opositor direto nem as‘autoridades’ que o apoiavam querem admitir a ele ter perdido nas urnas, legalmente. Daí, então, tal armação, que se deu no apagar das luzes do período de votação, numa ação questionável de outras ‘autoridades’.
Mas, armação ou não, por outro lado, o mesmo Ministério Público até agora não pronunciou-se quanto a uma denúncia protocolada no dia 03.10.08, com farta documentação, na qual se verifica uma estranha isenção do pagamento de tributos à Prefeitura, numa transação imobiliária cujo valor venal está fixado em R$ 1.272.450,13.
De acordo com os documentos, a isenção de R$ 25.449,00 de Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (I.T.B.I.), foi autorizada pelo ex-secretário Edenício Avelino Santos, da Receita Municipal, no dia 12.08.08. Edenício é o mesmo secretário que tentou mascarar a diminuição do IPTU da propriedade do prefeito Sachetti, e que, por essa razão oficial, foi demitido. Figuram como beneficiários da isenção Agenir Terezinha Inocêncio e Outros, como transmitente e Túlio José da Silva, como adquirente.
Consultando o MPE sobre tal denúncia, junto ao promotor Malvezzi, só depois de uns 40 minutos ele pode me informar onde tal se encontrava, por que ele, dela não se lembrava. Busca concluída, a informação: “Passei à nossa avaliadora, que saiu em férias, passando-a a outra pessoa para os procedimentos”. A outra pessoa é a que figurava como assistente na sala do promotor, trazendo-lhe documentos para assinar, informando que ainda não os tinha acessado, isso agora, no final de outubro, dia 29, vinte e seis dias depois dela ser lá protocolada.
O primeiro procedimento informado a mim foi o de o MPE buscar explicações na Prefeitura quanto à estranha isenção. Depois, veremos...
Apenas para situar ambos os casos num só patamar, sem pesos diferentes, tal procedimento do secretário de Receita pode indicar improbidade administrativa do seu próprio ex-chefe, o que, no meu entendimento, também carecia de um tratamento urgente-urgentíssimo, como o outro.


evalinsuleiman@hotmail.com

terça-feira, 4 de novembro de 2008

A BURRICE DO MONOPÓLIO E DA DITADURA

Dia desses prometi enfocar mais sobre a burrice do monopólio e da ditadura, ambos prejudiciais ao convívio humano de respeito às liberdades individuais ou, em outra palavra, à democracia.
O monopólio é burro!
A ditadura é burra!
Um e outra se inserem num contexto execrável de excessos levando seus protagonistas a lamentáveis procedimentos, seja nas posições de mando ou de obediência.
Quem manda, se torna odioso pelos exageros de poder; quem obedece, repugnante, no calmo e incessante rastejar; os dois se distanciando do digno.
Lembro da ditadura de Vargas (que ainda pesquiso) e da chamada Revolução, dos militares (que ajudei a derrubar) como também lembro da tentativa monopolista do cooperativismo brasileiro, bem como de outras tentativas de supremacia de mercado, que acabam em nada, dispersas ou capengas, mundo afora, sem lembrar de predominância positiva que possa justificar tais situações.
A exceção, se assim se pode chamar, fica por conta dos 15 anos de mando do Getúlio, que, apesar de tudo, contabiliza ainda hoje avanços inquestionáveis e insuperáveis à economia nacional, como é o caso da Petrobras, e aos trabalhadores, com a legislação trabalhista, sem nada melhor até hoje, ainda que tenha custado a vida de seu idealizador, por conta do exagerado orgulho e vaidade pessoal, que não admitia ser apeado do poder.
"Saio da vida para entrar na história", escreveu ele, o que pode ser lido como "daqui só saio morto", e se matou. Atitude que, hoje, ele mesmo lamenta do outro mundo, através de Eça de Queirós, psicografia de Vanda A.Canutti, no livro de 304 páginas da Editora EME, Getúlio em Dois Mundos, onde ele refaz a histórica frase, afirmando ter deixado a história para viver a verdadeira vida, sem intrigas, buscando, sim, o bem de todos, como era sua intenção aqui, muitas vezes deixando-se vencer pela arrogância do orgulho, da vaidade.
Para quem acredita, ou não, num outro mundo, melhor que este, e, muito especialmente a todos os políticos, eu recomendo ler Getúlio Vargas em Dois Mundos.
Ainda que a descrença nesse outro mundo persista, tenho certeza de que cada um que ler o que ao notável presidente se atribui através de referida obra, vai se melhorar. Muito. E todos ganharemos com isto.
(A) NORMALIDADES DA DEMOCRACIA


Há os que julgam normal levar a mulher (ou o marido), os irmãos, irmãs e demais parentes a ocupar os cargos públicos chamados de confiança, os famosos CCs, sem nenhum constrangimento. Constrangidos eles (e elas) ficam quando alguém lhes cobra um posicionamento a respeito.
- Se é cargo de confiança, nada melhor do que um parente meu, bem chegado, de preferência!
E dane-se qualquer princípio: seja o da isenção; seja o da moralidade.
Porque não se pode cobrar isenção de ninguém ocupando cargo eletivo nos executivos e legislativos ao tratar questão administrativa envolvendo um parente.
A observação serve ainda ao judiciário e ministério público e também na relação entre poderes, ou seja: parente de uma autoridade trabalhando para outra (autoridade), sem concurso. Isso, além de anular o princípio da isenção, agride outro (princípio), o da moralidade. Gravemente.
Leve-se como exemplo o caso de um promotor de justiça cujo irmão exerça cargo de confiança junto ao prefeito da cidade. Onde ficaria a isenção para tratar de uma denúncia contra o alcaide?
Não haveria a isenção e a moralidade ficaria duramente atingida.
Imagine-se a mesma situação a um juiz cujo filho ou a mulher trabalhasse, sem concurso, com o prefeito.
Como ficariam os casos contra ele? E leia-se no “contra ele”, também, os recursos de funcionários em busca da salvaguarda de direitos.
Sem dúvida, numa longa e interminável espera para o julgamento.
Uns chamam isso de jogo do poder; eu, simplesmente, classifico de ditadura. A ditadura do poder econômico. A pior forma de poder. Porque agride todos os mais elementares princípios do que é mais sagrado para o ser humano, a liberdade, vindo a ingressar pelos pegajosos e obscuros caminhos do escravagismo, chegando a um absolutismo insuportável.
E está assim, ó (às mãos cheias), de gente enganada (ou encantada) com esse tipo de poder!
Tem até vereador que avisa: em política, ou se puxa saco ou a carroça.
A propósito, aí reside uma situação análoga às citadas antes. Se um vereador (a) emprega a mulher (ou o marido) junto ao executivo, naturalmente ele (a) passa a ser dócil com o prefeito, se tornando aquilo que classifico de variador (a). Ele (a) varia em seu próprio favor, esquecendo-se das promessas de campanha de atuar em favor do povo.
Quem assim age, vai além do pactuar com o jogo do poder; quem assim procede, na verdade, se torna agente das tramas do poder, maculando o processo político da eleição ao mandato, emanando não a vontade do povo, mas os mais fétidos odores da corrupção emporcalhando a vida pública de muitos e gerando a justificada descrença popular.
O pior, ainda, é que muitos assim agem sem se ater a tais implicações. Para eles, o que fazem é normal e legítimo.
- Só procurei melhorar as condições de vida dos meus entes queridos; isto, por acaso é pecado?!!
Sim. Dos mais graves. Vai contra a economia popular, metendo a mão no dinheiro que deve ser usado em benefício de todos e não no de uma meia dúzia de preferidos do chefe.

Evalin Alves Salomão
Jornalista – Escritor – Poeta
evalinsuleiman@hotmail.com
http://blogevalin.blogspot.com/

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

ALGUMAS RAZÕES DA VITÓRIA DO ZÉ


- "Não agüento mais perguntarem o que o Zé fez!"
No Parque Universitário, no São Sebastião, na Vila Cardoso, no João de Barro, no Participação e em diversos outros pontos da cidade, ouvi esse desabafo de eleitores, inconformados com a tentativa da propaganda oficial do atual prefeito e derrotado candidato à reeleição Sachetti, de passar a imagem de que Zé nada teria feito por Rondonópolis.
Com certeza tal atitude do derrotado markenting fez, senão construir, alicerçar a vitória de Zé Carlos do Pátio. Porque muita gente que ajudou a construir escolas e casas em mutirão com o Zé Carlos, quando Rondonópolis ainda engatinhava em seu progresso, passou a extravasar sua raiva com a mentira, se tornando propagador dos feitos de um político que começou cedo a interagir com a gente da terra, que escolheu como sua, madrugando todos os dias para servir um ou outro, ainda que sem um tostão no bolso, mas com muita simpatia e atenção.
Isso fez a diferença.
E como!
O secretário de obras de Bezerra e de Fausto Farias, o vereador de três mandatos e o deputado estadual também de três mandatos José Carlos do Pátio, com apoio apenas da militância de seu e dos partidos coligados (todos sem dinheiro) somados à simpática figura do ex-prefeito e ex-governador Rogério Salles, única liderança de peso ao lado dele, consagrou novamente a vitória do tostão contra o milhão.
Zé Carlos do Pátio, agora, é o grande magistrado que o povo de Rondonópolis escolheu. Sua origem, o PMDB e demais partidos. Sua meta, um governo popular, participativo, desenvolvimentista e humano. Esta, a proposta.
Contrariando seus detratores, Zé Carlos começa a articular seu governo; já esteve com o senador
Goellner, do DEM. Ouvi o gaúcho de Não Me Toque dizer na Rede TV, que gostou da visita e que estará à sua disposição. Isto é bom.
Certamente ele vai procurar também Jaime e Serys e, na condição de prefeito de Rondonópolis, o seu conterrâneo paranaense Blairo Maggi.
Essa missão as urnas lhe deram nesse 5 de outubro.
E eu, particularmente, ainda que companheiro seu não fosse, aposto tudo num muito bom governo seu, porque acredito em políticos com ideais, com determinação e com cheiro de povo como Zé Carlos tem.
Dias de Ausência

Passei, dias e dias, digerindo as sandices de coleguinhas e de coléguas, escrevendo uns e dizendo outros muita barbaridade sobre, principalmente, um dos candidatos a prefeito de Rondonópolis, MT, por acaso ou não, não o mais pobre, mas o pobre! Daí sim, por acaso, o do meu lado, o do PMDB.
Daí, para não entrar em maiores choques, passei apenas a assistir, ouvir e ler o que diziam.
Contudo, não fiquei de braços cruzados, pois escrevi alguns textos sobre a má política, cotejando-a com a política do bem, chegando a emprestar minha voz para levá-los às consciências, rua por rua, obtendo a atenção de muitos, segundo testemunham motoristas dos carros de som, quando podiam rodar pela cidade.
Em outras palavras, fiz minha parte. agindo em defesa da democracia, com seus múltiplos defeitos, mas, ainda, sem um outro sistema de governo melhor para todos por mais tempo. É indiscutível. Só os afobados ou desavisados pensam ao contrário, se deixando encantar por facilidades momentâneas de cargos e, às vezes, de encargos contra os interesses gerais.
Vimos, nessas eleições, gente querer situar-se acima do bem e do mal. Dando o tapa e escondendo a mão.
Vimos algozes, querendo se passar de vítimas, envolvendo justamente afobados e desavisados em seu favor, dentre esses, até coleguinhas.
Por isso, deixei de escrever até no que posso chamar de meu blog. Afinal, o que se escreve, não se apaga. E o melhor da vida, é contemporizar, ainda que sem se curvar jamais.
Isso tem me custado caro. Paciência.
Venho pagando o preço.
E hei de continuar assim apesar do custo. Dá até para dormir de barriga vazia; com a consciência pesada, não.
Zé Carlos do Patio entra para a história política de Rondonópolis, do Brasil e do mundo, como o simbolo do poder popular do voto, livre e consciente, fazendo prevalecer as idéias e os ideais acima do poder a qualquer custo.
Foi dura a parada. Foi difícil resistir a tantos ataques; à força da estrutura econômica movida pela intriga, pelo ataque pessoal e impessoal, tendo apenas o povo ao seu lado para contra atacar.
Por isto, sua vitória se faz maiúscula. Ganha importância e se traduz, por outro lado, como a vitória de todos e de cada um, muito mais difícil de ser satisfeita, uma vez que, a mais gente, realmente, se terá de prestar contas.
Configura-se com a vitória de Zé, que o poder emana do povo e que com Zé, em seu nome terá de ser exercido. É o que o povo quer. Disse claramente isso nas urnas.
Como vêem, me ausentei alguns dias, mas volto satisfeito. Com a vitória do Zé, com a vitória do povo. Torcendo para que o Zé, realmente, saiba interpretar seu desejo, atendendo à maioria dos seus anseios, com a graça de Deus, para a graça de todo o povo.
A LUTA CONTINUA


Bancando o analista político ou me dando o direito ao desabafo de militante, não importa: nunca foi tão presente, para o PMDB, o slogan “A Luta Continua”, criado ainda quando nos debatíamos contra a ditadura militar, que, às duras penas, conseguimos anular, reinstalando no país a tão perseguida liberdade da democracia.
Mas a grande frase de efeito da luta partidária não se restringe à sua militância, às suas fileiras, como se costuma dizer em bons e acalorados discursos.
Não.
“A Luta Continua”, hoje se estende a todo o povo brasileiro, não importa a matiz política, que quer viver sob o signo da igualdade e da liberdade, para isso se fazendo necessário estar em alerta ou, numa linguagem militar, em prontidão, contra aqueles que querem fazer da nossa liberdade/democracia, as suas ditadurazinhas particulares, nas quais mandam e desmandam ao bel prazer do poder econômico.
E, para isto, eles são ardilosos. Extremamente ardilosos.
Eles distribuem cargos e mais cargos, quando no poder, para tentar aí manterem-se, não importando os princípios da igualdade, dos direitos. O que importa, mesmo, é a supremacia, o comando, via de regra acrescido de muita arrogância. (Aliás, dá pra dizer: ainda bem, porque é a arrogância que, normalmente, os faz caírem de seus postos, estrondosamente.)
É importante, no contexto democrático, as lutas de classe. Seus avanços significando conquistas de segmentos fundamentais na estrutura sócio-econômica do país. Por outro lado é preocupante, quando uma classe só quer dar as cartas e jogar de mão.
A observação serve para comparar o comando que busca aqui no Estado de Mato Grosso, a já famosa turma da botina, os produtores rurais, sob o comando do maior sojicultor individual do mundo e governador Blairo Maggi, que no seu inconformismo com a derrota sofrida em Rondonópolis, a terra onde mora, chega ao absurdo de repetir-se dizendo que a derrota, foi porque ‘o adversário distribuía santinhos junto com dinheiro’.
Ora, ora.
Para quem acompanhou parte da odisséia de seu adversário (vitorioso), que até retardava a saída dos carros de som às ruas, por falta de dinheiro para o combustível, ou, que enchia na torneira o garrafão de água do bebedouro do comitê central por falta de 5 pilas para pagar um na distribuidora, ouvir tais...O quê? Queixas? Denúncias? Sandices? Sinceramente!
Lamentamos ter de dizer isto a alguém que está governador. E pior: com o nosso voto. Sim. Porque nele votei a pedido do Partido o qual sigo desde os idos de 1967, mas para governar o Estado, não para se tornar cabo eleitoral, intransigente ainda, de um lado só, deixando a postura que lhe outorgamos nas urnas de magistrado.
Sim. Indiscutivelmente, sou partidário. Sempre o fui. Sempre tive lado. Profissionalmente, no entanto, apesar do quanto é difícil separar, sou pura e simplesmente, profissional, desde o início, por acaso ou não, também em 1967, razão que me causou algumas dificuldades iniciais no seio partidário, até demonstrar com palavras e atos, que uma atividade não tinha e não tem nada a ver com a outra.
Dos que me discriminaram por isso, a maioria ainda não encontrou seu partido ideal, variando daqui pra ali.
Então, esses quarenta e poucos anos de partidarismo (e de profissão) me inspiram em fazer o presente alerta:
Sim.
A Luta Continua.
Ou: o preço da liberdade, é a eterna vigilância; ou, ainda, como diria qualquer cristão, não basta orar, tem de vigiar.
O mal é insidioso.
A ditadura do poder econômico se instala assim, sem mais nem menos, num abrir e fechar de olhos.
É só os fecharmos para a contratação pelo Serviço Público de mais de uma pessoa de uma mesma família, por exemplo, que aí está a raiz da manutenção do mando. Do poder pela força do domínio pessoal “do manda quem pode...”
Hei de fazer novas incursões nesta área, abrangendo desde o poder de Getúlio Vargas, para provar-lhes que, assim como o monopólio, toda a ditadura também é burra, devendo por isto ser banida do nosso convívio, como fez o bravo povo de Rononópolis nas recentes eleições.

Evalin Alves Salomão/Jornalista/Escritor/Poeta
evalinsuleiman@hotmail.com
evalinsuleiman@yahoo.com.br
http://blogevalin.blogspot.com/

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Tiro no Pé ou Pedra na Cabeça I
Enquanto Zé Carlos do Pátio fez uma longa caminhada, do Shopping ao Conjunto São José, juntando gente pelo caminho além de ser muito saudado ao longo do percurso, seu opositor Adilton Sachetti optou por uma carreata monstruosa, incluindo carretas atrapalhando o trânsito e danificando asfaltos recém feitos.
Sem contar o fato de que a maioria das carretas, era de outra cidade, predominantemente de Jaciara, de conhecida transportadora.
Pelos comentários nas ruas, foi um tiro no pé ou pedra atirada para o alto, caindo na própria cabeça.
Mas aí veio outra reação: em vez de uma, duas caminhadas; uma saindo do shopping, outra saindo do conjunto, para se encontrarem na Pç. da Vila Operária, com a presença obrigatória dos 55 % de contratados e estagiários que formam o universo funcional da Prefeitura, somando-se a gente vinda (trazida) de grandes fazendas, até de distantes rincões. Gente que a população daqui nunca tinha visto na frente. Essa a imagem do custoso evento.
Tiro no Pé ou Pedra na Cabeça II
O marketing de Adilton Sachetti vem insistindo em usar seus espaços de propaganda eleitoral gratuita, para mostrar situações críticas atribuidas a governos do PMDB, inclusive acidente de um ciclista que teria morrido ao cair num buraco numa rua na região do Luz D'Yara, sem aviso que o previnisse.
Nessa segunda-feira, assisti no MTTV/1ª Edição local, notícia do motoqueiro que morreu ao cair em buraco de obras da atual administração, sem aviso previnindo os serviços.
Infelizmente, mais um tiro no pé ou outra pedra atirada pra cima, caindo de volta na cabeça do prefeito-candidato.
Mas ele não desiste. Cava, revolve, escarafuncha buscando acusações para fazer contra seu adversário, que, por enquanto, só lhe deu uma resposta.
Zé Carlos aproveitou a pergunta do apresentador do MTTV 1ª Edição, de segunda-feira, sobre a participação do presidente Lula em apoio ao seu opositor, dizendo o seguinte: Se Lula soubesse que o prefeito daqui toma casa de trabalhador, não teria externado apoio a ele.
A reação pública, foi boa. Em favor do Zé.
Em relação à presença de Lula no programa de Adilton, ouvi o seguinte durante a Mateada, no sábado à tarde na Pç.Brasil:
- Já gostei de Lula...
- Eu, também...
- E, eu, igualmente.
Os parentes do motoqueiro querem gravar vt contra o prefeito. A pessoa que os recebeu, na coordenação de Zé Carlos, por enquanto disse o seguinte: lamentamos muito o que houve, mas não queremos nos aproveitar de um momento de dor, para atacar ninguém...

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

DA POLITICA (GEM) DE LULA TUDO PODE SE ESPERAR...

Senão,vejamos:
Em Rondonópolis, o candidato do PMDB (que tem 6 ministros do Governo Lula) à Prefeitura, Zé Carlos do Pátio, que vem mostrando em seus horários de propaganda eleitoral o apoio que tem deles, ficou estarecido pela imagem do Presidente da República em sua mais recente função de garoto (coroa)-propaganda de seu adversário Adilton Sachetti (PR).
Ainda que o PR tenha na coligação a participação do PT, é o PMDB quem nacionalmente dá o maior suporte ao Governo Lula.
Mas, mais surpreendente ainda, foi a aparição de Lula em Várzea Grande, anunciando apoio a um outro candidato (Murilo Domingos), quando o seu PT está coligado com o PMDB de Nico Baracat.
Pode, isto?
Lula unido à turma da botina, como setores da imprensa cuiabana gostam de considerar o pessoal do PR, representando pelo sojicultor-governador Maggi, justo a turma que há bem pouco classificava o presidente de "praga da lavoura", expondo sua cabeça em vistoso corpo de gafanhoto!
Ah! E enquanto os seguidores de Maggi mostravam o presidente no corpo do inseto, pelo menos Zé do Pátio o defendia em seus pronunciamentos.
O reboliço agora está formado; em Rondonópólis e em Várzea Grande, com sobradas razões.
O presidente regional do PMDB, deputado federal, ex-senador, ex-governador e ex-prefeito de Rondonópolis por duas vezes, Carlos Bezerra, que estava na região,viajou às pressas a Brasília, para tentar contornar o que for possível.
Certamente haverá desdobramentos.

domingo, 7 de setembro de 2008

SOBRE ESPERTEZA I
A quem se julga esperto, recomendo mirar-se um pouco (só um pouco, o que já seria bastante) na vida, no comportamento de Pedro Simon, político gaúcho, que os estudiosos vêm comparando a Rui Barbosa, em razão de seu perfil irretocável.
É dele, por exemplo, a conclusão do porquê ter sido exlcuído da recente disputa pela presidência do Senado: "Fui preterido, não pelos meus defeitos, mas por minhas virtudes", lembrando que o próprio presidente Lula trabalhou contra a possível indicação de seu nome.
Também é dele, as duas piadas envolvendo sua recente queda em frente ao Ministério de Minas e Energia, que lhe valeu um braço quebrado: Primeira - Caí de velho; Segunda - Quando souberam que eu estava chegando, mandaram me derrubar! Aludindo ao fato de já ter caído ministro com o seu discurso.
Por outro lado seu comportamento irretocável na vida política do país, tem lhe valido distinção permanente nos órgãos especializados além de outras honrarias, como recente Troféu Guri, da Rádio Gaúcha de Porto Alegre, outorgado àqueles que defendem o Rio Grande do Sul.
Recentemente, Simon discursou das 10 horas às 16 horas, para que o Estado não perdesse importante negociação de sua dívida. O Planalto enrolou, enrolou, mas como o senador não abandonava a tribuna, dando ao caso proporções inimagináveis, se quedou, enviando - finalmente - o projeto autorizando a renegociação. Havia apenas três senadores em plenário, incluindo o presidente da sesão. Um fato épico.
SOBRE ESPERTEZA II
Aqui em Rondonópolis, MT, onde resido desde 1993, tenho acompanhado a ação de alguns metidos a espertos, como a do atual prefeito, que relutou, relutou e relutou em exonerar sua mulher da Secretaria do Bem-Estar Social, contrariando o conceito de nepotismo...Mas, como o castigo ao incautos vem a cavalo, pretendente que é à reeleição, seu adversário traz de vice uma ex-primeira dama que exerceu função de chefia na mesma secretaria ou numa afim, sem remuneração.
Resultado: enquanto o teimoso prefeito se mantém amarrado nos 30 pontos percentuais, seu aderversário circula até além dos 50 pontos na preferência popular.
Aliás, este, é um assunto quase inesgotável. Está assim de ( maus) exemplos desse tipo.
SOBRE ESPERTEZA III
Dia desses, um ex-vereador, que manteve nos 4 anos de mandato a mulher como chefe de gabinete, não se reelegendo na eleição seguinte, sendo novamente postulante agora foi cobrar de um militante do partido apoio ao seu nome.
Resposta: quando precisei trabalhar, você preferiu manter no cargo, sua mulher, contrariando o próprio princípio partidário...
VEREADOR OU VARIADOR?


Sinceramente...
Se olharmos pelo lado da origem e por onde estão agora, certamente a grande maioria ocuparia a segunda definição daqueles que se candidatam, se elegem e se esquecem do que disseram em suas “juras pelo povo; para o povo.”
Nas campanhas, é comum ouvir-se: “estarei sempre ao lado do povo; podem me cobrar se um dia vier a votar contra os seus interesses.”
Pior é que já que todos dizem isto, acaba-se votando nesse ou naquele, que, tão logo eleito, adota o seguinte: “Estou a favor de minha cidade; voto por ela!”
Pronto.
A besteira já foi feita. Nesse “voto por ela”, está incluso o aumento da água, a ‘atualização da alíquota do IPTU’ (como um peão costuma dizer para justificar os cruéis aumentos dos impostos prediais e territoriais urbanos), o aumento da TIP, que é a taxa de iluminação pública cujo valor penaliza mais quem consome menos (proporcionalmente) e por aí vai... Até as próximas eleições, quando as ‘juras’ se repetem, ainda que todos – ou quase – tenham variado.
E o povo?
Ora. O povo merece... Boa parte dele não checou a origem de cada um ou se deixou levar pela melhor oferta ($). Logo, não tem do que reclamar. Assim é o povo; assim são seus representantes!
Que pena!
Diante disso, você votaria num variador?
- Decididamente, eu, não.
- Mas, afinal, o que é um variador?
- A versão mais recente (ou moderna) de vereador, para boa parte, como já vimos, variando as promessas feitas em defesa dum mesmo lado. O deles. Haja o que houver, se tornam ferrenhos defensores dos mais legítimos interesses próprios. Só.
Além disto, os candidatos a variador, via de regra, demonstram desconhecimento ou descaso com a lei eleitoral. Pois o que a lei proíbe, como se vê nos cruzamentos, para eles é possível. As propagandas feitas móveis, simplesmente são deixadas nas esquinas, até atrapalhando o trânsito de pedestres.
Pedestres?
Bem. A maioria de pedestres é povo. E se é povo...
E eles (e elas) são candidatos mesmo a quê?
Em última ou em primeira definição, a legisladores. Quando eles (e elas) mesmos não cumprem as leis.
A constatação é de que as propagadas móveis estão fixadas nas esquinas pelos espertos.
Ora, ora. Espertos!
Fazem fileira nos contingentes enormes dos que desgraçam o país, provocando na população a crescente rejeição à política e políticos, confundindo tudo com a politicagem e os politiqueiros em permanente plantão nas esquinas da vida.
E a Justiça?
Gostamos de assistir dia desses, um promotor na Televisão informar do que podiam e do que não podiam fazer os candidatos. Agora, gostaríamos de ver as leis postas em prática, gerindo uns (políticos) e outros (politiqueiros), para não se cair em mais um círculo vicioso.

Evalin Alves Salomão
Jornalista/escritor/poeta
Email: evalinsuleiman@hotmail.com ou
evalinsuleiman@yahoo.com.br

sábado, 28 de junho de 2008

Dilema: Matar ou Não Matar um Amigo

O dilema não é só meu.
Ele se instalou pela vizinhança, pela cidade, está presente na Bahia, no Pará, em Minas e por aí afora: devemos mandar matar nossos cachorros amigos?
Só em pensar me sinto um ‘amigo cachorro’!
Pois é graças a eles, funcionando como 'bois de piranhas', no caso: 'cachorros pra flebótomos', que não é mais grave ainda a incidência da leishmaniose em nosso meio.
São os cães, os primeiros alimentos do desengonçado mosquito. São eles, assim, uma espécie de escudo para nós.
Desta forma, são, também, as primeiras vítimas da sucessão de equívocos dos (maus) gestores, que nos arrumam para cuidar da saúde pública.
E por serem vítimas eles devem ser mortos?
Que grande equívoco! (No meu entendimento.)
Quanto menos cachorros, menor é nossa proteção; mais vulneráveis nos tornamos à voracidade do inseto, expulso de seu habitat pela expansão da agropecuária, pelo crescente desmatamento.
Mas fiquem tranqüilos. Não vim aqui para culpar ninguém, diretamente.
Vim propor uma reflexão geral e sugerir medidas de engajamento, buscando atenuarmos os riscos a que todos estamos expostos.
Pois, como já disse em outra intervenção, não adianta discutir culpas; temos, é que, urgentemente, encontrar soluções não equivocadas como estas que os tais gestores estão colocando em prática, de penalizar com a morte as principais vítimas de sua incúria: os cães.
As doenças epidêmicas se alastram, no Brasil.
Mas não é só aqui que elas ocorrem.
A leishmaniose tem incidência na França, Espanha, só que, lá, eles buscam tratar do cachorro e também protegê-lo do mosquito, assim como também se protegem, evitando se exporem com pouca roupa nas áreas de risco nos horários noturnos, quando eles gostam de se alimentar.
Na Bahia e em Minas, já tem, também, quem recomende tratar e cuidar das ‘vítimas de escol’ (aquelas que estão à frente!) em vez de eliminá-las, simplesmente, como se culpadas fossem pelo avanço da doença.
Talvez, tenhamos de adotar mudanças nos usos e costumes para ficarmos protegidos, adotando o sistema de telas nas portas e janelas, tanto na cidade quanto nas moradas da roça, além de procurar formas de eliminar o inseto.
Para isto, teremos de sentarmo-nos todos numa mesma mesa para, sem melindres, encontrarmos formas de avançar num controle viável, como os pecuaristas fizeram com a aftosa, por exemplo. Eles objetivaram não ter prejuízo em seus rebanhos; e, nós, devemos objetivar não termos prejuízos de vidas em nossas famílias; porque todos, indiscutivelmente, estamos expostos, inclusive os (poucos) bons e os maus gestores da saúde pública.

Evalin Alves Salomão (direto de Rondonópolis, MT) – evalinsuleiman@yahoo.com.br
http://blogevalin.blogspot.com/ /

quinta-feira, 19 de junho de 2008

LULA E ADILTON:
COMPARAÇÕES À PARTE


Ouvindo o presidente Lula dizer-se indignado com o que aconteceu no Rio, envolvendo o E.B. (Exército Brasileiro), “sem tomar providências” (como bem lembrou Arnaldo Jabor, em seu comentário no Jornal da Globo, logo depois do empate do Brasil com a Argentina), vem-me à mente o episódio recente da greve dos servidores (concursados ou efetivos) da Prefeitura Municipal de Rondonópolis, mostrando o prefeito Adilton, num dos canais locais de TV, no tom mais conciliador do mundo, tentando gerar clima de “motivação política do Sindicato”, na manutenção do movimento.
Dizia ele, que as pretensões do funcionalismo não poderiam ser contempladas, devido à legislação eleitoral, esquecendo-se de lembrar que, em tempo hábil, providenciara aumento (substancial) aos estagiários e contratados (cargos de confiança), que, de acordo com dados divulgados pelo Sindicato dos Servidores, somam 55 por cento do universo de gente a seu serviço! Ou, como queiram, a serviço da Prefeitura, que ele comanda, nomeando quem bem entende, como se não devesse explicações a ninguém.
Aliás, quando lhe acusaram de nepotismo ele fez o quê? Negou; contestou e manteve secretária do Bem-Estar Social, a sua mulher.
Mas isso, não é nada!
Nepotismo mesmo, é o que se estende aos seus auxiliares.
Só para citar alguns casos, vejamos: seu Procurador Geral, é sogro do Defensor Público, que, por sua vez, tem a mulher trabalhando no Sanear, um cunhado no Departamento de Imprensa; e, o pai, locando veículo à Prefeitura; já o secretário de Finanças, tem a irmã como chefe de Arrecadação, cujo filho, também trabalha no Departamento de Imprensa; depois, vem mais o irmão do promotor tal, o filho do juiz qual...E viva a Democracia!
Se esquecem (um e outro), que não passam de peões do povo, ainda que os mais graduados nos respectivos níveis, respondendo pelo poder transitório não se tornando donos dele!
Tais situações me trazem à lembrança o senador Pedro Simon governador do Rio Grande do Sul.
Montando a estrutura de seu Governo, tinha a seu lado um velho amigo coronel da Brigada Militar já apontado como chefe da Casa Militar, quando surgiu no organograma um jovem e competente oficial para ocupar determinado posto. Simon perguntou:
- Não é seu filho?
- Sim. – Respondeu o coronel, mas, lembrando-se de como pensava (e pensa) Simon, acrescentou – Mas é a vez dele ocupar tal cargo; você não pode prejudicá-lo por ser meu filho.
- De forma nenhuma prejudicarei seu filho, que está em início de carreira; é a vez dele! Você é que não será o Chefe da Casa Militar. – Foi a resposta de Simon.
O presidente está usando o Exército para fazer política (protegendo as obras do PAC – Plano de Aceleração do Crescimento), muito embora (eu) entenda que ele (o Exército) possa receber outras incumbências além da defesa da Pátria, como essa mesma, depois de passar por treinamento específico e autorizado constitucionalmente.
O prefeito Adilton, também está, e, segundo meu entendimento (o mesmo de Simon), ele vai ter de buscar outros conceitos de ética na política. Os usados atualmente carecem de melhor avaliação: de como administrar bem a coisa pública. Por exemplo, a obra escrita do senador, pois, além do que aprendeu desde pequeno em seus usos e costumes, desenvolveu um senso tal de decência política, hoje comparado a Alberto Pasqualini, Rui Barbosa e outros desse quilate, que poderia contribuir muito para o necessário aprendizado de quem gosta muito de falar em ética...
Ah! E seu tom de conciliador, na Televisão, não cai bem para quem não concilia; para quem gosta de impor.


Jornalista Evalin Alves Salomão (Direto de Rondonópolis, MT)


quinta-feira, 17 de abril de 2008

VERSOS...





Os versos
que te fiz,
como (se atribui) diria o Velho Presidente:
Fí-los porque qui-los!
Mas nem ficaste por perto
pra ouví-los.

Digo-os,
para que fiquem
vibrando no tempo
e, um dia (quem sabe?) com o vento,
eles cheguem
até ti.
DENGUE/LEISHMANIOSE: O FIM DA DISCUSSÃO!

Se persistem os casos de ambas as doenças, não tem mais o que se discutir sobre a eficiência dos meios utilizados até aqui, para combatê-las: simplesmente, eles estão errados, ineficientes e, querer dizer o contrário, é querer tentar tapar o sol...
A verdade, é que se escancara o despreparo da gente escalada em pontos chaves da Saúde, aqui, ali e acolá (que pode ser lido como: no município, estado e pais), ainda que me detenha mais na situação local (revelando interesse direto logo adiante, o que não me constrange), onde a dengue há muito grassa num quadro escuro de desatenção, matizando-se de cores da indignação geral com a repetência dos casos de leishmaniose, trazendo pânico à população.
Nesta última constatação, pode-se acrescer entre os motivos, a extinção da Sucam (ocorrida no período Collor) e o avanço do desmatamento. O mosquito (flebótomo) perdeu seu habitat para soja, milho, arroz e às toneladas de agrotóxicos utilizadas nas lavouras, porque, nelas, não se admite perdas para inseto nenhum, diferentemente da (s) cidade (s), onde os descuidos com os insetos, ceifam vidas humanas, sem que os encarregados para cuidar da saúde da população, saiam da letargia crônica em que se aboletam, justificando (ou dando razão) a quem observou “que, no serviço público, não se pode estranhar quando se topa com ‘capivaras’ no alto de frondosas árvores; é que alguém (com poder) ali as colocou” e que, eu, chamo de “anta (s)”, infelizmente eleita (s) pelo povo e ainda que tenha de me desculpar com ambas espécies pela comparação , que, elas, não merecem.
É o que assistimos e, pior: sentindo as conseqüências. Duras conseqüências (no meu caso) de já ter sido agredido por duas dengues nesta cidade e tendo entrado numa lista de risco maior ainda, eis que um acidente cardíaco me está obrigando ao uso contínuo do ácido acetil salicílico...Em outras palavras, o descaso de “capivaras” e “antas”, me colocou ao capricho da sorte. Por isto não me constranjo de espernear.
Mas o faço também, traduzindo a indignação de centenas (de milhares, num enfoque mais abrangente) de cidadãos, além de tudo, chamados de relaxados por tais capivaras e antas, que teimam em querer transferir às populações a culpa de tais epidemias, ainda que saiba de alguns que, realmente, dificultam ações saneadoras, com as casas fechadas e, outros, nem permitindo a entrada dos agentes. Só que casos assim, têm solução: a Justiça. E aí, vem a pergunta: providências dessa ordem foram tomadas pelas capivaras e antas de plantão?
E mais: algum cidadão vem tendo o repasse de verbas para combater os vetores ou os recursos para tal fim são repassados aos (maus) gestores do erário público? O pior ainda, é imaginar que tais verbas possam servir para eleger e reeleger gente cujo discurso não tem nada a ver com o procedimento. Por isto, ao finalizar, o faço com um pedido àqueles que vêm tendo mortes na família devido a tais descasos, que entrem com ações indenizatórias não apenas contra município, estado ou pais, mas, principalmente, contra o detentor do cargo, que não cumpriu devidamente com os seus encargos.
Este, o caminho que devemos trilhar para a moralização do serviço público, no qual prospere a competência e a vontade de fazer o melhor pelo povo. A propósito, o verdadeiro patrão, o chefe real de cada detentor de cargo público, eleito, indicado ou concursado.
Ah! E quanto às normas ‘preconizadas’ pelo Ministério da Saúde, a conclusão é igual: se estivessem certas, nem estaríamos tratando disto! Portanto, chega de discussão. Está na hora de buscar fazer o certo, em todos os níveis de poder.

Jornalista Evalin Alves Salomão – Direto de Rondonópolis, MT.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

A grande torcida pelo mundo

Talvez, ainda, acanhada
É a torcida a que pertenço...
De abrir aqui – neste mundo
Uma grande fraternidade,
Que não distinga nem sexo
Nem cor...muito menos idade:

Que a mulher, por ser mulher;
E o homem, que é um ser igual...
Pode ser branco, pardo, preto,
Todos têm alma imortal
Podendo se dar as mãos
Só lutando contra o mal.

Quero o fim das distinções
Quero todos os corações
Batendo um grande compasso
Na mais perfeita harmonia...
Pode ser um sonho louco,
Mas, já encontra simpatia.

Tem tanta gente que espelha,
A mistura que é possível
Sem separação das ‘raças’
Com uma vida bem serena
Resultado da genética, que
Contempla a cor morena.

O futuro a Deus pertence!
Porém, Ele preparou o
Fim das grandes diferenças.
É só vivermos sem temor;
Salta aos olhos a verdade,
Que prevalece o amor.

Não fosse assim, o alemão
Seria estéril com a negra;
O japonês, com a italiana
Ou o russo com a americana.
Por isto dá pra entender:
Há só uma raça humana!

A mesma coisa se conclui
Com as diferentes religiões
Que não impedem ninguém
De mudar suas orações
Deixando antever, lá adiante!
O fim das muitas direções.
O LÁPIS, A PENA,
A CANETA-TINTEIRO...E, EU.

Peguei no lápis, hoje,
mais para rememorar o tempo da pena
ou da caneta-tinteiro. Esta, dotada
de um tinteiro interno; aquela,
precisando que lhe carregássemos o tinteiro...
E o mata-borrão! Lembram?

Pois era assim nesse tempo!
E isso faz-me lembrar da vez que cacei vaga-lumes.
Mais de vinte!
Sabem para quê?
Queria fazer como aquele menino
da fábula, que estudava à luz deles.
Pois a luz bruxuleante do lampiãozinho
que tínhamos, não oferecia uma claridade satisfatória,
mesmo aos meus bons olhos de piá.

Mas eles também deixaram a desejar,
piscando individualmente. Nunca ao mesmo tempo.
Que fazer?
Mais gravetos no fogo de chão!
Sua queima produzia, por minutos,
boa claridade permitindo que, sobre a perna,
eu fosse vencendo os deveres de casa...

Talvez, por isso, minha caligrafia se faz irregular,
até hoje, mesmo tendo usado aqueles caderninhos
próprios e, ainda, pego castigo em aula:
“devo escrever bonito”, dez, cinqüenta, cem,
trezentas vezes...Fui salvo com uma conversa
mais séria que minha mãe foi ter com dona Josephina,
isso depois de escrever umas quarenta vezes
“bonito”, “bonito”, sozinho numa sala
do segundo piso do “Princesa”, de onde fugi
jogando-me da floreira à janela, a um galho
da árvore em frente à Escola.

E mesmo “bonito”, escrevi feio.
Quem escreveria bonito treinando em cima da perna?
E à luz das chamas de gravetos, sacudidas pela brisa
penetrando pelo lado do galpão que não tinha parede!
A casa ao lado dele era grande, confortável...Mas,
esse galpão de cobertura do forno, do poço, era,
também, nossa sala de estar. Ali ficávamos
depois do cair da noite, até a hora de ir dormir.

Acomodado na proteção do bocal do poço,
além das lições, lia as histórias, as estórias,
estas, em voz alta,
que vovó Itelvina gostava de ouví-las.
Ria muito...principalmente dessa do Menino
e os Vaga-lumes...E de mim, por acreditar!
Pára aí. Mas o que é que o lápis tem a ver
com a velha pena e a caneta-tinteiro?
Ah, sim!
Bem...cada vez que pegava no lápis,
crescia a vontade de ganhar uma pena,
uma caneta-tinteiro...achando que, então,
escreveria bonito “bonito”!

(Evalin Alves Salomão, em 04.10.04, às 22h10/em Santa Cruz Cabrália, BA.)

quarta-feira, 26 de março de 2008

REVELAÇÕES RELEVANTES (I)

Gerânios.
Tenho uma predileção especial por eles.
Mas, gosto das rosas – formosas!
Das hortências – mesmo sem fragrâncias!
Dos crisântemos, lírios, camélias...
E não é só:
tem uma infinidade de outras,
de muitas cores, em todos os lugares,
que gostaria de reuní-las um dia
repletas da natural formosura,
para enfeitar meus amores.
Amores?
Sim.
Amores...
Porque não tenho um só.
Tenho o amor da amizade – leal –,
da esperança – com fé –,
caridade, gratidão, doação,
liberdade, tolerância e fraternidade
construindo a compreensão –
muito mais do que paixão –,
todos eles por ti:
um amor multicores
tal matizes das flores
no altar de minh'alma
transformada em jardim faiscando
numa miríade de luzes
quando estás juntos a mim!

REVELAÇÕES RELEVANTES (II)

Flores.
A Natureza é pródiga
em se tratando delas:
até entre as pedras nutre
o seu livre vicejar,
colorindo, dando graça;
ornamentando a vida – e
dando-lhe curso – as
flores têm função
indissociável com a criação.
Por isto, não apenas as quero,
eu, as venero!
Também!
Elas são minhas cúmplices.
Mando-as sempre dizer o que
se me engasga (sem palavras).
O quanto te amo,
elas dizem do seu jeito belo –
azul, vermelho, lilás, amarelo –.
Assim, as planto, as colho...
Quero tê-las
diariamente à disposição,
para que elas te
digam o que sinto
e não sei como...
Mas, veja bem querida:
quando eu me for,
não quero que retribuas as flores
que te mandei na vida
(nem mesmo com um jasmim),
só quero que ao vê-las
te lembres de mim.