quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A Inocência dos "Compradores de Votos"

Fui candidato a vereador num tempo em que o cargo era exercido de graça e, mesmo assim, para se eleger, o candidato que não 'atendesse bem' à fila formada diariamente em frente de casa, dificilmente se elegeria.
E o 'atendesse bem' significava tão-só, dar alguma coisa ao eleitor.
Ele também poderia tentar distorcer, desdobrar, ajeitar apenas uma parte do solicitado, para o eleitor sair com ar de satisfeito, mas, claro, intimamente decidido a não votar nele.
Por isso, vejo a maioria dos procedimentos de cassação com esse ou aquele (ou contra essa e aquela) candidato eleito, como injustos. Porque uma coisa dá pra afirmar com segurança: nenhum dos eleitos conseguiu tal proeza sem dar alguma coisa a um universo imenso de eleitores. E podem estar certos, não foi simpatia apenas a moeda de troca.
Simpatia, ou antepatia com os políticos, sim, pode ter movido os eleitores de Tiririca lá em São Paulo. Já a grande maioria dos demais, certamente foi movida por qualquer outro incentivo que não esses.
Para evoluir tal processo ou tais procedimentos, a Justiça Eleitoral terá de criar mecanismos suficientemente eficientes de fiscalização par e passo de cada candidato, durante o período eleitoral.
E, claro, preparar muito espaço para recolher não os candidatos, mas o eleitores afoitos por vantagens em cima dos políticos. Que, aliás, pelo comportamento público assumido há muito, são os culpados por essa espécie de contra-partida que o eleitor busca para votar.
Com ressalvas às honrosas - e raras - exceções.
Quando fui candidato, minha condução era uma Lambretta; o Partido me patrocinou dois mil santinhos e, eu, mandei imprimir mais mil; a única ajuda que dei a alguém, foi 1 kg de banha, 1 kg de carne e 2 kg de arroz a um cidadão com fome, que passava pela cidade com a mulher e dois filhos, que, portanto, não votaria em mim; não paguei nenhum cabo eleitoral e consegui em votos ao redor de 10 por cento dos santinhos que distribuí.
Com tal abordagem, quero dizer, exatamente, que, a menos que flagrantemente alguém seja pego no ato da compra e venda do voto, tudo o mais é especulação, ou, até mesmo, armação. Porque, infelizmente, a política - como vem sendo levada - também pratica isso: um armando pra cima do outro ( ou da outra).

TIRIRICA É INOCENTE!

Se Tiririca é analfabeto ou não, nessa altura do 'campeonato', não importa, porque na verdade, ele não passou de um inocente útil nesse processo todo, carreando ao Partido que lhe homologou e registrou a candidatura, um milhão e meio de votos, proporcionando, não a sua eleição tão-somente, mas a de vários deputados à Sigla.
Então, se alguém tem de ser acusado de alguma coisa, não é ele, mas o Partido que lhe proporcionou a eleição e se beneficionou dela elegendo mais um punhado de peões de menores expressões nas urnas.
Diante dum fato desses, sinceramente, se for o caso, o PR deve justar quantos professores necessários forem para alfabetizar seu deputado. Ou pagar o preço de ter homologado a candidatura de alguém sem condições para o cargo pretendido, de alguma forma criando falsa expectativa no que transformaria num personagem de uma farsa, devendo, portanto, ressarcí-lo por tal prejuízo moral.
Porque ainda que ele seja um palhaço - agora deputado -, não deveriam ter feito essa palhaçada com ele.
Ah! E principalmente, que o caso sirva de lição aos eleitos desta vez pensarem numa reforma política, que evite constrangimentos assim... E, assim, deixem de lado as usuais tarefas das mesadas...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

CHICO

Viva, Chico!

Cresça, Chico!

E ame, Chico: muito!!!

Tua mãe, teu pai, teus avós...

E a todos ao teu redor.

Ame o mundo, Chico, que te trouxe pra nós.

sábado, 6 de novembro de 2010

Os Números Adversos da Eleição

Muito é festejada a vitória do Governo nas eleições, emplacando Lula sua sucessora, enquanto quase nada é dito sobre os números adversos verificados no mesmo pleito, ao mesmo governo e à candidata vitoriosa tirada do bolso do presidente e empurrada goela abaixo de seu Partido e da Nação, pelo rol das razões que conhecemos.
E tais razões, exatamente, se por um lado garantiram esse resultado, por outro, determinaram os resultados adversos a que nos referimos, estampando números reais que não podem ser ignorados por ninguém.
Pra começo de verificação desse universo numérico, lembremos que, do total de eleitores existentes no país, somente 79 por cento compareceram às urnas.
Logo, 21 por cento dos brasileiros não votaram no Governo nem em sua candidata à sucessão.
Desta forma, a supremacia dos votos conquistados pela futura presidente (de acordo com Ximenes: adj. e (sm) 1. Que (m) preside. ° sm. 2. O chefe do executivo federal nos países republicanos), ao redor de 56 por cento, limita-se a esse porcentual dentro dos 79 por cento e não do total geral.
Assim sendo, somando-se as abstenções aos quase 44 por cento que votaram contra o Governo, chegamos ao redor de 65 por cento de votos o desaprovando. O que reforça a esperança de que nem tudo serão 'bolsas' a garantir as próximas eleições. Bem mais do que foi feito por Lula terá de ser feito por Dilma para convencer esses 21 por cento de contrários/apáticos a comparecerem às urnas.
Aliás, o que precisa mesmo, não são 'bolsas' - que se equivalem à compra oficial e legalizada de
votos; o que é preciso, é investimento forte na Educação, pois gente educada, não se conforma com 'bolsas' tais ou quais; gente educada, vai em busca da dignidade, que está bem além de tais migalhas, que, diga-se, nem que seja para não se perder a oportunidade de mais uma verdade: o Governo FHC instituiu e o atual Governo manteve. Só que enquanto aquele instituiu e pronto, contando até com a contrariadade do Partido do Lula, este não apenas manteve como fez da medida seu grande 'cavalo de batalha". Diga-se ainda: como fez com a estabilidade da moeda e uma série de outras medidas, que, também, seu Partido foi contra ao tempo do FHC.
Isso vem reforçar a posição aqui defendida, contrária à continuidade desse governo que, tudo somado, atinge quase dois terços da Nação, o que nos traz, então, algum conforto.
Entretanto, continuamos defendendo outro jeito de governar e é o que desejamos que a primeira mulher presidente do país o faça, para o bem comum, bem acima da mesquinhês do interesse próprio e/ou de grupos.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Artistas e Artistas!

Chama a atenção figuras que apoiaram a eleição de Tacredo contra Maluf, hoje apoiarem a continuidade dos criadores do mensalão, dólares na cueca e censura à imprensa, que são os mesmos que não apoiaram a eleição de Tancredo e votaram contra a Constituição de 88 e o Plano Real.
Parece que lhes está faltando coerência.
Ainda bem que há artistas e artistas!
Por isso saudei Carlos Vereza, que vem orando pela saúde de Dilma, mas rezando pela vitória de Serra e desejei que Deus atenda suas preces, e as nossas, que lhe fazem coro.
Acabei de escutar o quase ex-presidente questionar se queremos prosseguir ou se queremos voltar pra trás (como se fosse possível voltar sem ser pra trás) e aproveito para contrariá-lo, dizendo que voltar "pra trás" seria voltar ao tempo do autoritarismo que tanto combatemos e que, agora, seu partido teima em permanecer para fazer voltar.
Por isso, Vereza, Juca de Oliveira, PMDB do Rio Grande do Sul e tantos outros cuja cabeça não abaixam e nem aceitam os desmandos em curso, elevemos bem alto nossas vozes de protesto, combatendo a mentira, o engodo e a intransigência deles, contra a própria Democracia.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Efeito Lula

Confesso que temi para Silval o efeito Lula, avassalador para Mauro Mendes e para Adilton Sachetti, nas eleições municipais de 08, quando o primeiro tentou tomar a Prefeitura de Cuiabá de Wilson Santos e, o segundo, manter a Prefeitura de Rondonópolis. Lula, então, era cabo eleitoral ferrenho de Mauro e Adilton. E os dois perderam.

Agora, Lula, descendo da mais alta Magistratura da Nação, de novo, se transformou em Cabo Eleitoral, tanto de quem ele quer que o suceda como de muitos e muitos que se esqueceram que o seu Partido (a seu mando) foi contra o Plano Real, contra as bolsas auxílios, contra e lei de responsabilidade fiscal, contra a eleição de Tancredo Neves e contra a própria nova Constituição/88, entre outras contrariedades históricas, enquanto se mostra nada indignado ao mensalão, à violação dos sigilos fiscal e bancário, ao controle da imprensa, aos dólares na cueca e de, cara limpa, com a maior desenvoltura, ainda se diga ‘injustiçado’ por tais ou quais denúncias.

Sim. Temi que o efeito Lula atingisse Silval. Porque a quem avalia o comportamento político de cada um, cada ação, cada atitude pesa e, o somatório, normalmente é decisivo, é conclusivo, condenando as práticas dúbias ou, no mínimo, inexplicáveis desses políticos.

E eu temia por Silval por uma razão hoje difícil de entender, e, até, de explicar.

Pois vejam bem: nunca me conformei com o arbítrio dos militares e de seus apoiadores, esses, aos montes, os verdadeiros aproveitadores de uma situação, que queríamos que acabasse. Mas eles, bajuladores de ofício e por vocação das benesses do poder, faziam com que nossa agonia perdurasse, anos e anos, naquele disfarce de Democracia.

Mas, assim mesmo, atingimos nossa meta. A Democracia voltou plena, geral, pena que restrita. A quem? Justamente aos aproveitadores de ontem... E de hoje/e ou de sempre.

Assim é que assistimos ferrenhos e históricos adversários transformados em companheiros inseparáveis (das vantagens de sempre).

Também é assim que deixamos de nos confrontar com os que são contra e com os que são a favor, porque de repente estão todos de um lado só ou sugerindo isto, como no caso do pula-pula, que insistentemente tomou lugar de destaque nesta Eleição, como uma virtude, quando historicamente o termo é sinônimo de vira casaca, de imoral e de falta de caráter.

E tentando ponderar sobre o quase imponderável, nesse diverso e lambuzado quadro político que vivemos assim mesmo eu queria me apegar a um fio de esperança, a uma satisfação que fosse, de já que não poderia eleger um Presidente da República de meu Partido, por adesismo ou comodismo dele, que pelo menos pudesse eleger o Governador do Estado no qual vivo, saudoso de quando pude fazê-lo em meu Estado de origem, com Pedro Simon.

Por isso temia por Silval e a fatalidade que seria se o efeito Lula o atingisse.

Isso, sem aprofundar mais a análise sobre o ‘pula-pula’ e nem entrar no mérito do outro pretendente, mas me fixando, tão-só, na experiência que tenho... E de quem tem, para comandar os destinos de nosso Estado e do País, sem mentiras, sem engodos, apostando na inteligência das pessoas, não na esperteza.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

VOTE NA DILMA por Arnaldo Jabor

VOTE NA DILMA !
as promoções da época!

Vote na Dilma e ganhe, inteiramente gratis, um José Sarney de presente agregado ao Michel Temmer.

Mas não é só isso, votando na Dilma você também leva, inteiramente grátis (GRÁTIS???) um Fernando Collor de presente.

Não pense que a promoção termina aqui.

Votando na Dilma você também ganha, inteiramente grátis, um Renan Calheiros e um Jader Barbalho.

Mas atenção: se você votar na Dilma, também ganhará uma Roseana Sarney no Maranhão, uma Ideli Salvati em Santa Catarina e uma Martha Suplício em S.Paulo.

Ligue já para a Dirceu-Shop, e ganhe este maravilhoso pacote de presente: Dilma, Collor, Sarney pai, Sarney filho, Roseana Sarney, Renan Calheiros, Jáder Barbalho, José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoíno, e muito, muito mais, com um único voto.

E tem mais, você também leva inteiramente grátis, bonequinhos do Chavez, do Evo Morales, do Fidel Castro ao lado do Raul Castro, do Ahmadinejad, do Hammas e uma foto autografada das FARC´s da Colombia.
Isso sem falar no poster inteiramente grátis dos líderes dos bandidos "Sem Terra", Pedro Stedile e José Rainha, além do Minc com uniforme
de guerrilheiro e sequestrador.

Ganhe, ainda, sem concurso, uma leva de deputados especialistas em mensalinhos e mensalões. E mais: ganhe curso intensivo de como esconder dinheiro na cueca, na meia, na bolsa ..., ministrado por Marcos Valério e José Adalberto Vieira da Silva e José Nobre Guimarães.

Tudo isto e muito mais..

TSE retira comentário do Arnaldo Jabor do Site da CBN

Leia o comentário de Dora Kramer, Estadão de Domingo:




'A decisão do TSE que determinou a retirada do comentário de Arnaldo Jabor do site da CBN, a pedido do presidente 'Lula' até pode ter amparo na legislação eleitoral, mas fere o preceito constitucional da liberdade de imprensa.

'Não deixem de ler e reler o texto abaixo e passem adiante'!


A VERDADE ESTÁ NA CARA, MAS NÃO SE IMPÕE.
(ARNALDO JABOR)

O que foi que nos aconteceu?
No Brasil, estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou melhor,'explicáveis' demais.

Toda a verdade já foi descoberta, todos os crimes provados, todas as mentiras percebidas.

Tudo já aconteceu e nada acontece. Os culpados estão catalogados, fichados, e nada rola.

A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe. Isto é uma situação inédita na História brasileira!!!!!!!

Claro que a mentira sempre foi a base do sistema político, infiltrada no labirinto das oligarquias, mas nunca a verdade foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil, impotente, desfigurada!!!!!!!!

Os fatos reais: com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo e desviou bilhões de dinheiro público para tomar o Estado e ficar no poder 20 anos!!!!

Os culpados são todos conhecidos, tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes, as provas irrefutáveis, mas o governo psicopata de Lula nega e ignora tudo !!!!!

Questionado ou flagrado, o psicopata não se responsabiliza por suas ações. Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se vingar. O outro não existe para ele e não sente nem remorso nem vergonha do que faz !!!!!

Mente compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir poder. Este governo é psicopata!!! Seus membros riem da verdade, viram-lhe as costas, passam-lhe a mão nas nádegas. A verdade se encolhe, humilhada, num canto. E o pior é que o Lula, amparado em sua imagem de 'povo', consegue transformar a Razão em vilã, as provas contra ele em acusações 'falsas', sua condição de cúmplice e Comandante em 'vítima'!!!!!

E a população ignorante engole tudo.. Como é possível isso?

Simples: o Judiciário paralítico entoca todos os crimes na Fortaleza da lentidão e da impunidade. Só daqui a dois anos serão julgados os indiciados - nos comunica o STF.

Os delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem. A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis, pois a indignação ficou supérflua. O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desse governo.
Sei que este é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tem de ser escrito...
Está havendo uma desmoralização do pensamento.

Deprimo-me:

Denunciar para quê, se indignar com quê? Fazer o quê?'
A existência dessa estirpe de mentirosos está dissolvendo a nossa língua. Este neocinismo está a desmoralizar as palavras, os raciocínios. A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo fica ridículo diante da ditadura do lulo-petismo.

A cada cassado perdoado, a cada negação do óbvio, a cada testemunha, muda, aumenta a sensação de que as idéias não correspondem mais Aos fatos!!!!!
Pior: que os fatos não são nada - só valem as versões, as manipulações.

No último ano, tivemos um único momento de verdade, louca, operística, grotesca, mas maravilhosa, quando o Roberto Jefferson abriu a cortina do país e deixou-nos ver os intestinos de nossa política.

Depois surgiram dois grandes documentos históricos: o relatório da CPI dos Correios e o parecer do procurador-geral da república. São verdades cristalinas, com sol a Pino.
E, no entanto, chegam a ter um sabor quase de 'gafe'.

Lulo-Petistas clamam: 'Como é que a Procuradoria Geral, nomeada pelo Lula, tem o desplante de ser tão clara! Como que o Osmar Serraglio pode ser tão explícito, e como o Delcídio Amaral não mentiu em nome do PT ? Como ousaram ser honestos?'
Sempre que a verdade eclode, reagem.

Quando um juiz condena rápido, é chamado de exibicionista'. Quando apareceu aquela grana toda no Maranhão (lembram, filhinhos?), a família Sarney reagiu ofendida com a falta de 'finesse' do governo de FH, que não teve a delicadeza de avisar que a polícia estava chegando...

Mas agora é diferente.
As palavras estão sendo esvaziadas de sentido. Assim como o stalinismo apagava fotos, reescrevia textos para contestar seus crimes, o governo do Lula está criando uma língua nova, uma neo-língua empobrecedora da ciência política, uma língua esquemática, dualista, maniqueísta, nos preparando para o futuro político simplista que está se consolidando no horizonte.

Toda a complexidade rica do país será transformada em uma massa de palavras de ordem , de preconceitos ideológicos movidos a dualismos e oposições, como tendem a fazer o Populismo e o simplismo.

Lula será eleito por uma oposição mecânica entre ricos e pobres, dividindo o país em 'a favor' do povo e 'contra', recauchutando significados que não dão mais conta da circularidade do mundo atual. Teremos o 'sim' e o 'não', teremos a depressão da razão de um lado e a psicopatia política de outro, teremos a volta da oposição Mundo x Brasil, nacional x internacional e um voluntarismo que legitima o governo de um Lula 2 e um Garotinho depois.

Alguns otimistas dizem: 'Não... este maremoto de mentiras nos dará uma fome de Verdades'!

ESSE TEXTO PRECISA E DEVE SE TRANSFORMAR NA MAIOR CORRENTE QUE A INTERNET JÁ VIU !!!


TSE determinou a retirada do comentário de Arnaldo Jabor do site da CBN.

Não deixe de repassar é o mínimo que podemos fazer diante de tanta corrupção!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Receita vencida; burrice continuada!

O medicamento de uso contínuo, de acordo com a recomendação médica, por outro lado tem sua receita vencida de três em três meses, exigindo a entrada do paciente numa nova fila para conseguir renová-la, ou desistir do medicamento via Sistema único e passar a comprá-lo numa farmácia, pois lá, a receita não vence.

Só a introdução desse primeiro parágrafo resume toda a questão e, por si só, justifica o título literalmente.

Pior é que, normalmente, o (a) funcionário (a) da farmácia pública que te atende, seja no Ceadas ou no Centro de Saúde do Conjunto São José (as que frequento) , em Rondonópolis, quase demonstram alegria ao transmitir a informação: “Sua receita venceu!”

Faço justiça a uma que me atendeu nesse dia 10.09, de tarde, na Farmácia do Conjunto São José, que verificando o vencimento do documento médico dia 8, assim mesmo repassou-me os medicamentos prescritos. Agradeci e disse que remeteria a questão ao Conselho Municipal de Saúde, que pode encaminhar uma sistemática mais eficiente neste quesito, que, por si mesmo, determinaria uma significativa redução na busca de consultas médicas, boa parte delas tão somente para a renovação das receitas.

Ora, ora! Com um sistema de saúde quase sempre saturado, exigir o retorno do paciente que teve receitado um medicamento de uso contínuo para trocar a receita de três em três meses... Sinceramente!

A não sei que tipo de argumentos que se queira justificar o discutível sistema, eu ainda acresceria que, no caso de morte do paciente, e de alguém querer ficar ‘se aproveitando’ de sua receita, um eficiente serviço cartorial seria o suficiente para evitar qualquer abuso. Isso sem contar que, até prova em contrário, todos nós merecemos, no mínimo, a presunção da honestidade.

Mas o bom mesmo se mudanças forem aceitas nas atuais regras desse atendimento, é que, certamente, haverá um desafogo na marcação de consultas para, simplesmente, renovar a receita vencida!

Aliás, já há no Sistema Único de Saúde, onde o paciente recebe seus medicamentos em casa, mês a mês.

Pode?

Pode!

Evalin Alves Salomão - evalinsuleiman@hotmail.com