quarta-feira, 15 de outubro de 2008

ALGUMAS RAZÕES DA VITÓRIA DO ZÉ


- "Não agüento mais perguntarem o que o Zé fez!"
No Parque Universitário, no São Sebastião, na Vila Cardoso, no João de Barro, no Participação e em diversos outros pontos da cidade, ouvi esse desabafo de eleitores, inconformados com a tentativa da propaganda oficial do atual prefeito e derrotado candidato à reeleição Sachetti, de passar a imagem de que Zé nada teria feito por Rondonópolis.
Com certeza tal atitude do derrotado markenting fez, senão construir, alicerçar a vitória de Zé Carlos do Pátio. Porque muita gente que ajudou a construir escolas e casas em mutirão com o Zé Carlos, quando Rondonópolis ainda engatinhava em seu progresso, passou a extravasar sua raiva com a mentira, se tornando propagador dos feitos de um político que começou cedo a interagir com a gente da terra, que escolheu como sua, madrugando todos os dias para servir um ou outro, ainda que sem um tostão no bolso, mas com muita simpatia e atenção.
Isso fez a diferença.
E como!
O secretário de obras de Bezerra e de Fausto Farias, o vereador de três mandatos e o deputado estadual também de três mandatos José Carlos do Pátio, com apoio apenas da militância de seu e dos partidos coligados (todos sem dinheiro) somados à simpática figura do ex-prefeito e ex-governador Rogério Salles, única liderança de peso ao lado dele, consagrou novamente a vitória do tostão contra o milhão.
Zé Carlos do Pátio, agora, é o grande magistrado que o povo de Rondonópolis escolheu. Sua origem, o PMDB e demais partidos. Sua meta, um governo popular, participativo, desenvolvimentista e humano. Esta, a proposta.
Contrariando seus detratores, Zé Carlos começa a articular seu governo; já esteve com o senador
Goellner, do DEM. Ouvi o gaúcho de Não Me Toque dizer na Rede TV, que gostou da visita e que estará à sua disposição. Isto é bom.
Certamente ele vai procurar também Jaime e Serys e, na condição de prefeito de Rondonópolis, o seu conterrâneo paranaense Blairo Maggi.
Essa missão as urnas lhe deram nesse 5 de outubro.
E eu, particularmente, ainda que companheiro seu não fosse, aposto tudo num muito bom governo seu, porque acredito em políticos com ideais, com determinação e com cheiro de povo como Zé Carlos tem.
Dias de Ausência

Passei, dias e dias, digerindo as sandices de coleguinhas e de coléguas, escrevendo uns e dizendo outros muita barbaridade sobre, principalmente, um dos candidatos a prefeito de Rondonópolis, MT, por acaso ou não, não o mais pobre, mas o pobre! Daí sim, por acaso, o do meu lado, o do PMDB.
Daí, para não entrar em maiores choques, passei apenas a assistir, ouvir e ler o que diziam.
Contudo, não fiquei de braços cruzados, pois escrevi alguns textos sobre a má política, cotejando-a com a política do bem, chegando a emprestar minha voz para levá-los às consciências, rua por rua, obtendo a atenção de muitos, segundo testemunham motoristas dos carros de som, quando podiam rodar pela cidade.
Em outras palavras, fiz minha parte. agindo em defesa da democracia, com seus múltiplos defeitos, mas, ainda, sem um outro sistema de governo melhor para todos por mais tempo. É indiscutível. Só os afobados ou desavisados pensam ao contrário, se deixando encantar por facilidades momentâneas de cargos e, às vezes, de encargos contra os interesses gerais.
Vimos, nessas eleições, gente querer situar-se acima do bem e do mal. Dando o tapa e escondendo a mão.
Vimos algozes, querendo se passar de vítimas, envolvendo justamente afobados e desavisados em seu favor, dentre esses, até coleguinhas.
Por isso, deixei de escrever até no que posso chamar de meu blog. Afinal, o que se escreve, não se apaga. E o melhor da vida, é contemporizar, ainda que sem se curvar jamais.
Isso tem me custado caro. Paciência.
Venho pagando o preço.
E hei de continuar assim apesar do custo. Dá até para dormir de barriga vazia; com a consciência pesada, não.
Zé Carlos do Patio entra para a história política de Rondonópolis, do Brasil e do mundo, como o simbolo do poder popular do voto, livre e consciente, fazendo prevalecer as idéias e os ideais acima do poder a qualquer custo.
Foi dura a parada. Foi difícil resistir a tantos ataques; à força da estrutura econômica movida pela intriga, pelo ataque pessoal e impessoal, tendo apenas o povo ao seu lado para contra atacar.
Por isto, sua vitória se faz maiúscula. Ganha importância e se traduz, por outro lado, como a vitória de todos e de cada um, muito mais difícil de ser satisfeita, uma vez que, a mais gente, realmente, se terá de prestar contas.
Configura-se com a vitória de Zé, que o poder emana do povo e que com Zé, em seu nome terá de ser exercido. É o que o povo quer. Disse claramente isso nas urnas.
Como vêem, me ausentei alguns dias, mas volto satisfeito. Com a vitória do Zé, com a vitória do povo. Torcendo para que o Zé, realmente, saiba interpretar seu desejo, atendendo à maioria dos seus anseios, com a graça de Deus, para a graça de todo o povo.
A LUTA CONTINUA


Bancando o analista político ou me dando o direito ao desabafo de militante, não importa: nunca foi tão presente, para o PMDB, o slogan “A Luta Continua”, criado ainda quando nos debatíamos contra a ditadura militar, que, às duras penas, conseguimos anular, reinstalando no país a tão perseguida liberdade da democracia.
Mas a grande frase de efeito da luta partidária não se restringe à sua militância, às suas fileiras, como se costuma dizer em bons e acalorados discursos.
Não.
“A Luta Continua”, hoje se estende a todo o povo brasileiro, não importa a matiz política, que quer viver sob o signo da igualdade e da liberdade, para isso se fazendo necessário estar em alerta ou, numa linguagem militar, em prontidão, contra aqueles que querem fazer da nossa liberdade/democracia, as suas ditadurazinhas particulares, nas quais mandam e desmandam ao bel prazer do poder econômico.
E, para isto, eles são ardilosos. Extremamente ardilosos.
Eles distribuem cargos e mais cargos, quando no poder, para tentar aí manterem-se, não importando os princípios da igualdade, dos direitos. O que importa, mesmo, é a supremacia, o comando, via de regra acrescido de muita arrogância. (Aliás, dá pra dizer: ainda bem, porque é a arrogância que, normalmente, os faz caírem de seus postos, estrondosamente.)
É importante, no contexto democrático, as lutas de classe. Seus avanços significando conquistas de segmentos fundamentais na estrutura sócio-econômica do país. Por outro lado é preocupante, quando uma classe só quer dar as cartas e jogar de mão.
A observação serve para comparar o comando que busca aqui no Estado de Mato Grosso, a já famosa turma da botina, os produtores rurais, sob o comando do maior sojicultor individual do mundo e governador Blairo Maggi, que no seu inconformismo com a derrota sofrida em Rondonópolis, a terra onde mora, chega ao absurdo de repetir-se dizendo que a derrota, foi porque ‘o adversário distribuía santinhos junto com dinheiro’.
Ora, ora.
Para quem acompanhou parte da odisséia de seu adversário (vitorioso), que até retardava a saída dos carros de som às ruas, por falta de dinheiro para o combustível, ou, que enchia na torneira o garrafão de água do bebedouro do comitê central por falta de 5 pilas para pagar um na distribuidora, ouvir tais...O quê? Queixas? Denúncias? Sandices? Sinceramente!
Lamentamos ter de dizer isto a alguém que está governador. E pior: com o nosso voto. Sim. Porque nele votei a pedido do Partido o qual sigo desde os idos de 1967, mas para governar o Estado, não para se tornar cabo eleitoral, intransigente ainda, de um lado só, deixando a postura que lhe outorgamos nas urnas de magistrado.
Sim. Indiscutivelmente, sou partidário. Sempre o fui. Sempre tive lado. Profissionalmente, no entanto, apesar do quanto é difícil separar, sou pura e simplesmente, profissional, desde o início, por acaso ou não, também em 1967, razão que me causou algumas dificuldades iniciais no seio partidário, até demonstrar com palavras e atos, que uma atividade não tinha e não tem nada a ver com a outra.
Dos que me discriminaram por isso, a maioria ainda não encontrou seu partido ideal, variando daqui pra ali.
Então, esses quarenta e poucos anos de partidarismo (e de profissão) me inspiram em fazer o presente alerta:
Sim.
A Luta Continua.
Ou: o preço da liberdade, é a eterna vigilância; ou, ainda, como diria qualquer cristão, não basta orar, tem de vigiar.
O mal é insidioso.
A ditadura do poder econômico se instala assim, sem mais nem menos, num abrir e fechar de olhos.
É só os fecharmos para a contratação pelo Serviço Público de mais de uma pessoa de uma mesma família, por exemplo, que aí está a raiz da manutenção do mando. Do poder pela força do domínio pessoal “do manda quem pode...”
Hei de fazer novas incursões nesta área, abrangendo desde o poder de Getúlio Vargas, para provar-lhes que, assim como o monopólio, toda a ditadura também é burra, devendo por isto ser banida do nosso convívio, como fez o bravo povo de Rononópolis nas recentes eleições.

Evalin Alves Salomão/Jornalista/Escritor/Poeta
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