quinta-feira, 17 de abril de 2008

DENGUE/LEISHMANIOSE: O FIM DA DISCUSSÃO!

Se persistem os casos de ambas as doenças, não tem mais o que se discutir sobre a eficiência dos meios utilizados até aqui, para combatê-las: simplesmente, eles estão errados, ineficientes e, querer dizer o contrário, é querer tentar tapar o sol...
A verdade, é que se escancara o despreparo da gente escalada em pontos chaves da Saúde, aqui, ali e acolá (que pode ser lido como: no município, estado e pais), ainda que me detenha mais na situação local (revelando interesse direto logo adiante, o que não me constrange), onde a dengue há muito grassa num quadro escuro de desatenção, matizando-se de cores da indignação geral com a repetência dos casos de leishmaniose, trazendo pânico à população.
Nesta última constatação, pode-se acrescer entre os motivos, a extinção da Sucam (ocorrida no período Collor) e o avanço do desmatamento. O mosquito (flebótomo) perdeu seu habitat para soja, milho, arroz e às toneladas de agrotóxicos utilizadas nas lavouras, porque, nelas, não se admite perdas para inseto nenhum, diferentemente da (s) cidade (s), onde os descuidos com os insetos, ceifam vidas humanas, sem que os encarregados para cuidar da saúde da população, saiam da letargia crônica em que se aboletam, justificando (ou dando razão) a quem observou “que, no serviço público, não se pode estranhar quando se topa com ‘capivaras’ no alto de frondosas árvores; é que alguém (com poder) ali as colocou” e que, eu, chamo de “anta (s)”, infelizmente eleita (s) pelo povo e ainda que tenha de me desculpar com ambas espécies pela comparação , que, elas, não merecem.
É o que assistimos e, pior: sentindo as conseqüências. Duras conseqüências (no meu caso) de já ter sido agredido por duas dengues nesta cidade e tendo entrado numa lista de risco maior ainda, eis que um acidente cardíaco me está obrigando ao uso contínuo do ácido acetil salicílico...Em outras palavras, o descaso de “capivaras” e “antas”, me colocou ao capricho da sorte. Por isto não me constranjo de espernear.
Mas o faço também, traduzindo a indignação de centenas (de milhares, num enfoque mais abrangente) de cidadãos, além de tudo, chamados de relaxados por tais capivaras e antas, que teimam em querer transferir às populações a culpa de tais epidemias, ainda que saiba de alguns que, realmente, dificultam ações saneadoras, com as casas fechadas e, outros, nem permitindo a entrada dos agentes. Só que casos assim, têm solução: a Justiça. E aí, vem a pergunta: providências dessa ordem foram tomadas pelas capivaras e antas de plantão?
E mais: algum cidadão vem tendo o repasse de verbas para combater os vetores ou os recursos para tal fim são repassados aos (maus) gestores do erário público? O pior ainda, é imaginar que tais verbas possam servir para eleger e reeleger gente cujo discurso não tem nada a ver com o procedimento. Por isto, ao finalizar, o faço com um pedido àqueles que vêm tendo mortes na família devido a tais descasos, que entrem com ações indenizatórias não apenas contra município, estado ou pais, mas, principalmente, contra o detentor do cargo, que não cumpriu devidamente com os seus encargos.
Este, o caminho que devemos trilhar para a moralização do serviço público, no qual prospere a competência e a vontade de fazer o melhor pelo povo. A propósito, o verdadeiro patrão, o chefe real de cada detentor de cargo público, eleito, indicado ou concursado.
Ah! E quanto às normas ‘preconizadas’ pelo Ministério da Saúde, a conclusão é igual: se estivessem certas, nem estaríamos tratando disto! Portanto, chega de discussão. Está na hora de buscar fazer o certo, em todos os níveis de poder.

Jornalista Evalin Alves Salomão – Direto de Rondonópolis, MT.

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