domingo, 7 de setembro de 2008

VEREADOR OU VARIADOR?


Sinceramente...
Se olharmos pelo lado da origem e por onde estão agora, certamente a grande maioria ocuparia a segunda definição daqueles que se candidatam, se elegem e se esquecem do que disseram em suas “juras pelo povo; para o povo.”
Nas campanhas, é comum ouvir-se: “estarei sempre ao lado do povo; podem me cobrar se um dia vier a votar contra os seus interesses.”
Pior é que já que todos dizem isto, acaba-se votando nesse ou naquele, que, tão logo eleito, adota o seguinte: “Estou a favor de minha cidade; voto por ela!”
Pronto.
A besteira já foi feita. Nesse “voto por ela”, está incluso o aumento da água, a ‘atualização da alíquota do IPTU’ (como um peão costuma dizer para justificar os cruéis aumentos dos impostos prediais e territoriais urbanos), o aumento da TIP, que é a taxa de iluminação pública cujo valor penaliza mais quem consome menos (proporcionalmente) e por aí vai... Até as próximas eleições, quando as ‘juras’ se repetem, ainda que todos – ou quase – tenham variado.
E o povo?
Ora. O povo merece... Boa parte dele não checou a origem de cada um ou se deixou levar pela melhor oferta ($). Logo, não tem do que reclamar. Assim é o povo; assim são seus representantes!
Que pena!
Diante disso, você votaria num variador?
- Decididamente, eu, não.
- Mas, afinal, o que é um variador?
- A versão mais recente (ou moderna) de vereador, para boa parte, como já vimos, variando as promessas feitas em defesa dum mesmo lado. O deles. Haja o que houver, se tornam ferrenhos defensores dos mais legítimos interesses próprios. Só.
Além disto, os candidatos a variador, via de regra, demonstram desconhecimento ou descaso com a lei eleitoral. Pois o que a lei proíbe, como se vê nos cruzamentos, para eles é possível. As propagandas feitas móveis, simplesmente são deixadas nas esquinas, até atrapalhando o trânsito de pedestres.
Pedestres?
Bem. A maioria de pedestres é povo. E se é povo...
E eles (e elas) são candidatos mesmo a quê?
Em última ou em primeira definição, a legisladores. Quando eles (e elas) mesmos não cumprem as leis.
A constatação é de que as propagadas móveis estão fixadas nas esquinas pelos espertos.
Ora, ora. Espertos!
Fazem fileira nos contingentes enormes dos que desgraçam o país, provocando na população a crescente rejeição à política e políticos, confundindo tudo com a politicagem e os politiqueiros em permanente plantão nas esquinas da vida.
E a Justiça?
Gostamos de assistir dia desses, um promotor na Televisão informar do que podiam e do que não podiam fazer os candidatos. Agora, gostaríamos de ver as leis postas em prática, gerindo uns (políticos) e outros (politiqueiros), para não se cair em mais um círculo vicioso.

Evalin Alves Salomão
Jornalista/escritor/poeta
Email: evalinsuleiman@hotmail.com ou
evalinsuleiman@yahoo.com.br

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