quarta-feira, 23 de junho de 2010

Saúde em Desalinho

À distância, ouvimos rufar de tambores e trombetas anunciando melhorias na Saúde Pública de Rondonópolis, mas de perto, diretamente e, pior, sentindo na pele, somos obrigados a lembrar, na verdade, que nem tudo o que reluz é ouro.
Senão vejamos:
Uma consulta feita com o Nefrologista, em janeiro, gerou uma série de exames, que ficaram prontos ao final de fevereiro e o retorno, marcado para meados de março, não aconteceu, porque o médico adoeceu da dengue. Ah! E até agora, final de junho, o retorno ainda não foi agendado...
E os exames?
Certamente estão todos defasados, configurando tempo e dinheiro (nosso) jogados fora. Isso sem contar o prejuízo à saúde (nossa).
Mas tem mais, que sugere o 'desalinho' do título:
Tem faltado matérias-prima na Farmácia de Manipulação. E a falta vem se repetindo.
Soube do descontrole inicial, porque no final da outra administração, faltou quase tudo na Farmácia. Ruím, muito ruím, mas justificável. Mas só às faltas iniciais. Depois disso, não tem mais justificativa, a menos que esteja prevalecendo algum descontrole.
Mas se há descontrole, isto é injustificável em um governo que se anunciou e se anuncia eficiente e dinâmico, que, eu, não posso negar, este Blog não deixa (!), ajudei a eleger, ajudando na propagação de tais virtudes.
E mais, ainda:
A desinformação na hora de uma prescrição de medicamento manipulado na farmácia, depois de ao redor de três meses da falta da matéria prima. O médico indicar um produto pelo nome comercial, não pelo princípio ativo, fazendo o paciente andar de um lado pro outro, porque a Farmácia só manipula com o nome do princípio ativo, não pelo nome comercial, obrigando ao então já impaciente, inditoso e desolado usuário do Sistema Público de Saúde, a voltar ao médico, trocar a receita. Como se isso fosse fácil, também.
Da pra dizer-se ou não, da Saúde em Desalinho?
Sei lá. Sem querer desmerecer ninguém, mas deixar faltar matéria-prima!
Pelo que levantei, o pessoal da Farmácia mantém um eficiente controle de consumo, informando ou repassando o andamento real de tudo, que, em alguma parte fica a espera não se sabe bem do quê, para andar e manter o estoque sem faltas...
Outra coisa: pra que ninguém diga que o que denuncio aqui não aconteceu, faço uma revelação que não gostaria de fazer, porque me habituei a escrever reclamando ou reivindicando coisas para os outros, nunca para mim, pois ainda carrego, além da ética profissional, a índole do bom político, de jamais legislar em causa própria ou pedir no próprio nome.
O faço, porque estou ciente de que não sou só eu a reclamar desse preocupante e persistente desalinho.

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